domingo, 30 de dezembro de 2012

MARIA REGINA HOFF












Um texto lindo escrito por uma amiga que tem, como eu, a inadequação as coisas e pessoas tristes. Não somos alegres por qualidade, é porque não sabemos ser tristes.

VIVA MARIA REGINA E A MIM (CLARO, PENSA O QUÊ? ENTRE AS MINHAS MILHÕES DE QUALIDADES EU DESTACO A IMODÉSTIA) SOMOS A ALEGRIA! E QUANDO A MORTE NOS TIVER DE LEVAR ELA LEVARÁ, MAS A ALEGRIA CHORARÁ COM PENA.




Maria Regina Hoff...

Hoje estou sentimental.....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A respeito dos comentários sobre o texto que postei hoje de manhã, "Só eu estou assim?" - alguns dizendo que sentem o mesmo que eu, outros dando aquela força amiga (obrigadaaaaaaa!) - tenho a dizer que não há em mim sentimento de tristeza, vazio ou solidão, nem arrependimentos... Ao contrário, estou alegre (característica pessoal difícil de me deslindar) e feliz, só não tenho a mesma vontade que tinha antes de organizar grandes festejos, grande pompas, um grande evento familiar.

Quero brindar o Ano Novo sem compromissos, sem a obrigação de "ter que comemorar"! Quero fazer o "rito de passagem" reunida com os meus, mas de forma mais íntima e, sei lá, talvez mais 'interiorizada', mas relaxada, .....observando de longe o espocar dos fogos, cheirando a noite, molhando o cabelo com sereno, bebericando um champanhe e beliscando alguns peticos, pernas apoiadas numa cadeira, recostada em outra, jogando papo fora....talvez em algum momento chorando, em outros rindo, sentindo saudades dos que já se foram, do que já passou, contando histórias, rememorando fatos, sem pensar no futuro e no que está por vir, por algum tempo sem fazer planos, nem metas, nem planejamento.

Não quero ter a obrigação nem sentir que 'preciso' ser 'um sucesso' para se aceita e amada. Quero ser amada pelo meus defeitos (que se contam às centenas) ou apesar deles. Gostaria que pudessem dizer: A Regina? Gosto dela apesar de .......

Na passagem do Ano Novo quero apenas sentir a VIDA, me sentir feliz por estar aqui, por amar e ser amada... me sentir grata por tê-la vivido com a vivi (a VIDA), por ter tido momentos de grande alegria, por ter enfrentado - e sobrevivido - à grandes dificuldades, dores e perdas, por ter sido sempre íntegra, inclusive nos meus defeitos, por ter sempre me responsabilizado por minhas atitudes, mesmo que erradas, por reconhecer meus erros e saber sempre pedir perdão, por ter sempre conseguido perdoar, e também por saber que fui inúmeras vezes perdoada; me sentir forte porque muitas vezes consegui sacudir a poeira e dar a volta por cima, mas nem sempre, e que tive muitas derrotas mas aqui estou (!), que insucessos na minha vida também os tive, inúmeros.... que sempre me alegrei com as alegrias e vitórias alheias, que sofri com os que sofriam, ri com os que riam e chorei com os que choravam... e, principalmente, por Deus ter me dado um coração sempre humilde e agradecido.

Sei lá, quero passar o Ano Novo sabendo que sou humana, que sou amada por Deus, que tenho muitos amigos, que tenho muitos defeitos e mesmo assim há pessoas que me amam, que me alegro com minhas vitórias e agora, também, pelas minhas derrotas.....

SIMPLES ASSIM: QUERO PASSAR O ANO NOVO COMIGO MESMA - MESMO RODEADA DE PESSOAS - COM O CORAÇÃO EXPLODINDO DE ALEGRIA , FELICIDADE E GRATIDÃO PELA VIDA, POR TUDO E POR TODOS!

É, estou envelhecendo....... E não é que estou adorando?????

FELIZ ANO NOVO, GENTE QUERIDA!!!!!!

Maria Regina Hoff


sábado, 29 de dezembro de 2012

OS FIOS E O IOGURTE




Eu olho no espelho, eu paro e me miro passo a mão na cabeça e sinto o fio. Sabe, há os que sabem escrever e não chorar. Escrever não precisa de sentimento e o faz melhor quem o faz sem lágrima, mas nunca escrevi com intuito outro que não fosse esse: falar de minha lágrima. Mesmo que não fale dela propriamente, mesmo que rindo, mesmo que na risada haverá uma lágrima guardada, haverá uma dor no fim. Coloco a mão na cabeça e sinto os fios, seu contorno pelo meu pescoço, e... bom, choro. Me custou tanto ter meus fios no pescoço, busquei isso com tanta vontade. Tenho-os. Na primeira semana depois da cirurgia fiquei maravilhosamente bem. Depois piorei. Falta o médico ajustar o aparelho e isso só em  janeiro. Espero com meus fios e minhas cicatrizes no peito. Minhas cicatrizes no peito ficaram muito bonitas e antes de alguém dizer que só um maluco pode achar uma cicatriz bonita eu respondo que as minhas são, eu acho. Não ficaram as formas das baterias desenhadas no peito. Só eu as sinto se eu passar as mãos. Dito assim pode causar pena a quem não me conhece, aos que conhecem sabem que não quero nem preciso disso, sou o vate, porra, sei me virar, e se for pra sofrer eu tô fora, se for pra lamentos não me chame. Me ocupo com a alegria e se alguém vir na contradição entre chorar e ser alegre é por não saber que a alegria de viver é saber chorar.  O riso é leviano, o choro sem mágoas, sem sentimentos menores, sem autopiedade, é que constrói os caminhos da real felicidade. 

No dia em que fiz a cirurgia e acordei na sala de recuperação me trouxeram um iogurte. Segurei-o, comi-o.  Lembro disso com memória ativa (João não me sai da cabeça) e por isso amo meus fios, eles (os fios e a bateria onde minha cicatriz discreta os esconde) me possibilitaram comer meu iogurte sem tremer, sem problema algum. Meus tremores cessaram. O aparelho está desajustado, tenho ainda a rigidez que vai melhorar em janeiro, quando eu for ao médico, mas não tremo. Meus gestos são mais naturais. Tomo sorvetes sem problemas. Escrevo sem dificuldades. Não fiquei curado do parkinson, sei que a uma diferença entre tratar sintomas e estar curado, sei da bateria a me lembrar que tem de ter algo de fora, externo a me controlar os movimentos, e que essa bateria descarregará em três ou quatro anos. Então porque a amo tanto? de onde vem tanto apreço por meus fios de metal? do fato de por ser bateria eu poder recarregar, e saber como é bom que assim seja: renovar, recarregar, esperança. Que seja sempre assim, que seja sempre renovadas as esperanças. Que se puder eu retire as baterias do peito e seja descoberta a cura, enquanto isso tomo sorvetes sem derramar, regulo a bateria e acho bonita minha cicatriz. 

Que 2013 venha e que eu arrume novos sonhos, o sonho da cirurgia já foi realizado e Jesus Cristo segue sendo o que vejo como verdade acima da verdade, porque verdade é muito mais que o que se diz quando se diz falar a verdade e a verdade sem amor é nada. Verdade sem amor é vazio. Para que serve a verdade sem amor? para não mais que ser verdade, o que não quer dizer nada. 2+2=4 , eis uma verdade. "ama o teu inimigo, porque se amas só a quem te ama que bem fazes" essa é outra verdade. Qualquer um pode usar e compreender a verdade dos números, só jesus tem a verdade amorosa.

FELIZ 2013!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ÀS MINHAS AMIGAS





Eu mando um abraçaço para os que merecem que diga a eles que que no frio sabe-se quem é egoísta e só puxa para si a coberta. Um abraçaço no que sabe prezar a amizade e comigo fortalece vínculos, comigo fortalece gestos. Mesmo se não tenho feito evidente o meu gostar, saibam a quem digo que gosto, digo-o por verdade sentida e dita. Um abraçaço em Elaine, Yara, lu, Lucilene Lucia do dk, por se preocuparem e comigo se ocupar. Embora não mereça o apreço nem o tempo despendido, quardem um beijaço deste louco palhaço, deste arremedo de poeta. J. e M.g , abraçaço  nas duas, e venham me ver. Maria Regina, que faz achar que sofisticação é palavra inventada pra ela , depois de ela nascer, ou eclodir, ou vir à tona, ou simplesmente passar a ser, como estrelas que por não atinar como começam sua caminhada, digo que passaram a ser.
Abraçaço em quem merece abraço que é mais que abraço, que demasiado para comedimentos, que é por demais querido para ser padronizado, que é por demais pessoal para se dar em gênero, que é por demais arrebatador para ser para todos.
Clícia, Cristina, que sabem e se duvidam não sabem de nada, do meu carinho. Valéria, que mora ainda no socialismo de que pode o meu coração, de que não pode a minha convicção.
Um abraçaço a todas.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

UM ABRAÇAÇO





Dei um laço no espaço pra pegar um pedaço 
do universo que podemos ver 
Com nossos olhos nus nossas mentes de azuis 
dos nossos computadores luz 

Esse laço era um verso más foi tudo perverso 
você não se deixou ficar 
no meu emaranhado fui parar do outro lado 
do outro lado de lá, de lá 

Hey hoje eu mando um abraçaço (4x) 

Um amasso, um beijaço, meu olhar de palhaço 
seu orgulho tão sério 
um grande estardalhaço pro meu velho cansaço 
do eterno mistério 

Meu destino não traço no desenho disfarço 
o acaso é o Gran Senhor 
Tudo que não deu certo sei que não tem conserto 
meu silêncio chorou, chorou 

Hey hoje eu mando um abraçaço (4x)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O QUE POSSO DIZER






Não posso voar, nem quereria. Não fiquei lindo , tampouco lépido como um coelho. Não posso me gabar de feitos que demandem aptidões extraordinárias, nem de coisas que exigem destreza extrema ou extrema precisão ao serem elaboradas ou postas em prática. O que posso dizer é que tenho dois fios de metais na cabeça e uma bateria no peito. O que posso dizer é que durante minha cirurgia brinquei o tempo todo. O que posso dizer é que como de garfo e faca sem problema algum. O que posso dizer é que não preciso me preocupar em travar no meio da rua. O que posso dizer - e o faço- é que voltei à vida. 


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PARA FOFURETE




Há uma coragem em mim enorme, profunda. Uma coragem de enfrentar as coisas e de me adaptar. Há uma covardia em mim imensa que é melhor esconder, omitir, negar. 
Há um poeta e menino em mim que amo, um terno olhar sobre a vida e uma amor que eu não sei mensurar. Há um iconoclasta vazio, um pichador vagabundo, um que tem prazer no pior, que procura um poema no mal, onde nunca achará.
Há um amor pela vida e por poemas e gabis e vitórias, pedros e lais, que me pôem de bem com o ao redor. Há um pretenso, um falastrão, um moleque difamador que me envergonha, me enoja.
Há um em mim que é só alegria se for preciso e que chora ao te ver sofrer. Mas um outro, é meu como o primeiro, que sente prazer na dor, na injúria, no desamor.
Sou uma grande disputa de mim mesmo. sei o que é bom e o que não é, sei que o lado ruim de mim posso domar ou mesmo acabar, mas, neguinha, fofurete, o que há de bom em  mim é tanto e tão profundo que nunca cessará.


 

domingo, 18 de novembro de 2012

SOBRE MINHA CIRURGIA E O FADO DE O GATO SER GATO





Dia 26 farei uma cirurgia, e mesmo sabendo que ninguém vem aqui, comunico as minhas contumazes leitoras, que nem sei se ainda cabe plural, colocarei assim: leitora(s) que estarei ausente desse blog. Não é o fim dos Beatles, nem uma coisa que importe a ninguém, mas sou vaidoso, gosto de escrever, e faço isso com prazer. Se correr tudo certinho volto ao blog com uma ameaça: escrever mais. Se der tudo certinho comprarei outro violão. Mas não é por isso que as pessoas tem de torcer contra, poxa. Sei que meus textos melhorariam o mundo se deixassem de ser escritos. Se eu não tocasse violão o mundo seria menos ruim de se viver, mas eu seguirei escrevendo e tocando violão. Entendam, é simples, se eu só fosse fazer o que sei fazer com habilidade, conhecimento e destreza, não faria nada. 
Já sabe (m) minha (s) leitora (s) vorazes, que não vai haver meu relinchos por um bom tempo. 

Sobre a cirurgia.

Se estou com medo? 
acaso o gato deixa de ser gato ao ter de enfrentar o cachorro? 
Não! enfrenta, mas com muito medo.

Sexta-feira começo a diminuir os remédios para pará-los de vez no dia da cirurgia, estarei travadíssimo. 


Vou deixar uma música aqui. Uma música sentimental, pungente, doida. Uma música que reflete esse momento tão duro de minha vida. 





Como disse: um gato é sempre um gato.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ESTÁ DITO





“Há uma especial Providência na queda de um pardal. Se há de ser agora, não será depois; se não for depois, há de ser agora; se não for agora, há de ser, todavia. Estar pronto é tudo. Uma vez que ninguém sabe o que virá, que
importa que seja logo? Assim seja!”



WILLIAM SHAKESPEARE

sábado, 10 de novembro de 2012

ROBERTO CARLOS É O CARA! OU MUSA MANDONA.















Eu não tenho admirações por títulos ou insÍgnias, brasões ou eleições de espécie alguma. O que admiro é por achar admirável e somente por isso. Moacir Cirne uma vez montou guarda pela razão de uma barragem estar  próximo de sangrar, e eu me comovi e achei o gesto uma das mais lindas revelações do que seja poesia e fiz de Moacir um homem querido para sempre. Uma coisa que sei é que minha opinião não é baseada por nada alheio ao meu gosto. Porém (sempre que uso essa palavra é para reconhecer erros) não acho iconoclastia uma coisa boa em si (nada o é, segundo o bardo) nem ruim. Paulo Francis disse sobre caetano o seguinte: "ele é um iconoclasta que sabe construir estátuas". Uma frase genial. As estátuas são bobagens feitas pelos homens, ídolos são frágeis porque humanos, são humanos porque sangram (estou amando Shakespeare, essa estátua e santo de vidro e pecado) são nossos mais íntimos desejos vindoa a luz. 

Escrevi um texto sobre Roberto Carlos. Algum idiota diria: ele está muito preocupado com isso. Eu digo: para mim só me interessa o que acho do mundo e nada mais- falo de questões ligadas a gostar. Se todo mundo gosta de uma coisa, ótimo, eu posso não gostar e dizer aqui minha opinião sem me importar se ninguém liga. Minha opinião é soberana e não precisa de anuência de ninguém. Acho ridículo quem acha que blog foi feito para descobrir-se gênios ocultos, grandes poetas ou coisas assim. Ninguém me lê e isso é justíssimo, não tenho nada a dizer (não   de agora, fofurete linda, de sempre) mas o quu digo é o que me dá na telha quando escrevo. 

Uma de minhas leitoras contumazes, eram quatro, agora são três e talvez nem isso, veio comentar meu post sobre o rei (agora sem aspas) e usou de argumentos devastadores. Devo dizer que com razão. Roberto é um grande cantor. Ponto mesmo! não vou explicar a mudança brusca de opinião.


Um homem pode mudar de opinião, ou não?
Pode sim. Reconhecer seus erros. Ainda mais se quem lhe chama à razão é sua musa. Musas não chamam à razão, dirá algum pascácio. A minha chama. E se me olhar com aquele olharzinho, com suas melenas lindas e com olhar de saudade, e me convidar ao inferno, eu vou. Não sou bobo, não sou otário, nem nada que se possa enganar, estando minha musa não pode ser inferno, é céu escondido, só pra quem sabe olhar. 



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ROBERTO CHATOS

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tem alguma coisa mais chata que um show de Roberto Carlos? Duvido. Uma coisa pode ser chata mas não tanto quanto um show... não rapaz, tem uma coisa mais chata sim, são os fâs dele. Eles o chamam rei e dizem coisas do tipo: ele é o rei! como que a por fim em qualquer discussão possível sobre sua superiorida. Se Jesus viesse até mim (só isso) e me confirmasse o reinado de Roberto, eu deixaria de lado o evangelho. Não existe força humana ou divina que me convença que Roberto Carlos é mais que um compositor medíocre, com uma voz linda e um enorme carisma. Fez algumas letras bacanas, mas mesmo as melhores estão há galáxias de distância de músicas e musicos geniais. Caetano, Chico, Milton, Montenegro, Dorival, Cartola, e uma porrada de outros que são infinitivamente mais inteligentes e criativos que Roberto. A última música do "rei" é de um patético que só o Roberto pode. A letra é Roberto carlos puro, com suas riminhas repetidas, previsíveis, insupor
talvemente repetidas nos últimos anos por um homem que faz o mesmo show todo o ano e a globo tem a cara-de-pau de anunciar como "o novo show de RC".

Roberto Carlos

O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você

E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher

Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor

De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama.

Isso é de primarismo constrangedor. Uma coisa que seria ridícula cantada por outro mas que fica ainda pior cantada por um homem de setenta anos que se comporta como um moleque.
"Jeito" com "peito"; "amor" com "calor"; "feliz" com "diz"; "adora" com "chora", essas são as mesmas rimas de sempre, de um homem uqe nunca teve muito a dizer, agora não tem mais nada.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O GIGANTE E O ANÃO - FHC X lula






Quando eu digo que o mundo tá no fim, digo com a certeza de quem  abriu os selos do apocalipse. Está sim! o que vemos é o fim, se não em 2012, pelo menos em 2013. Não sou pessimista, mas fatos são fatos (eu sou demais!) No centenário do  que não aconteceu (acho que o Brasil é o único lugar no planeta em que se comemora aniversário de defunto) falo dos cem anos que Nelson Rodrigues nunca fez. Só isso não seria por si só o fim do mundo. Fim do mundo é ele ser homenageado por esquerdistas. Isso é nojento! Nelson abominava a esquerda, pensava que todo esquerdista é um perfeito idiota, aliás, sequer pensava isso dos esquerdistas. Há idiotas de bom coração, indo mais fundo, o verdadeiro idiota tem bom coração. Se alguém disser: fulano tem um coração de ouro. Sem sombra de dúvida, fala-se de um imbecil.  Qualquer qualidade que tivesse seria colocada na frente de "um coração de ouro". você já ouviu sobre um gênio literário, ou grande músico ou pintor, essa coisa de grande coração? Nunca deparei com um texto onde me comovesse com o coração de quem escreveu. O que importa em  arte é ego, egoísmo, narcisismo, claro que com autocrítica, sem autocomplacência, com medidas exatas. Porém, ah porém... como na música de Paulinho, há uns que não, como na música do Caetano, se dão conta das coisas, e não sou eu este. Nelson Rodrigues previu tudo. Tudo! do PT, de Lula, de  nossa maneira de ser idiotas. Ele era foda! 
Esses idiotas de hoje, que nunca leram um  livro dele e pegam frases no google (isso não faço! faço citações imprecisas, as vezes canhestras, mas sobre o que li, não de frases fora de contexto) não tem ideia de como Nelson seria contrário as merdas de hoje, ao Lula, ao que somos. Um esquerdista quando convicto, desprovido de interesse em cargos, ou esquemas, ou isenções ou outras formas de assaltar o erário, é só um idiota. Uma ameba que fala. Um esquerdista no poder, sendo só ladrão   e incompetente ainda não é o pior das esquerdas. O pior da esquerdas é seu derramar de sangue. 
Agora mais sobre Lula. Quem é Lula?
Um trabalhador? mentira! foi torneiro mecânico por pouco tempo, depois passou a não fazer nada.
Um administrador?
Se FHC não vem antes do Lula, se não controla a inflação, privatizou (incrivelmente ainda existem palhaços que usam a internet, telefone celular, e falam mal das privatizações!) criou a lei de responsabilidade fiscal, fortaleceu as instituições, fez tudo o que gerou nosso posterior crescimento.  Repito aqui meu mote: o que Lula fez que não fosse dar continuidade ao governo herdado (herança bendita) de FHC? nada! e ninguém virá aqui dizer o contrário, não por não ter o que digo nenhuma importância (embora não tenha mesmo) mas há os que tem. Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo, muitos outros que argumentam, daí vem um esquerdista contra-argumentar que eles são de direita. Porra, caralho! ninguém tem ódio ao diabo por ele ser vermelho, veado, ou torcer pelo flamengo, mas por fazer o mal. Ninguém está certo só por ser vascaíno ou errado por não ser. Há alguns que torcem para o flamengo e são homens de bem. Há os que mesmo torcendo para o VASCO, não o são. Se você pega o Lula mentindo, roubando, sendo ele próprio, você é um direitista. Ele chefiou o mensalão, isso é fato. Ele foi o chefe de uma coisa que não foi "só" corrupção, o projeto petista era um golpe, nada mais nem menos. Com um congresso comprado se aprova o que se quer aprovar, então censura, sucessivos mandatos, lei que extingue lei, aumento de poder do executivo, diminuição do poder judiciário que passa a não ser mas poder, apenas uma extensão do judiciário, enfim, a tomada do poder por um golpe legal ou legalizado.

O cara que ama Lula pela melhora de vida nos últimos anos (houve) não sabe que quase nada se deve ao governo dele, quase tudo se deve ao de FHC. 
As privatizações, até hoje satanizadas pelos palhaços petistas, tornaram possível as comunicações tais como a temos hoje. O PT FOI CONTRA! Sem telefones celulares, pcs, e toda a parafernália de que o Brasil só pode usufruir depois das privatizações, seríamos o que somos hoje?

Lei de responsabilidade fiscal é a obrigação por lei de os governos nos três níveis (municipal, estadual, federal) não gastarem mais do que arrecadam. Isso parece lógico, quem gasta mais do que ganha, inexoravelmente vai a bancarrota. A lei organizou as finanças, passamos a ter um orçamento e saber onde gastá-lo e como, sem maquiagem. Sem essa lei não teríamos avançado. O PT FOI CONTRA!

Plano real, fundef (hoje fundeb) lei de responsabilidade fiscal, reforço das instituições, criação das agências reguladoras, saneamento do sistema bancário, tudo isso foi FHC que fez CONTRA A VONTADE DO PT!

O PT É O PARTIDO MAIS CANALHA, HIPÓCRITA, VAGABUNDO E EMBUSTEIRO QUE PODERIA EXISTIR.

O PT NÃO PAGOU DÍVIDA EXTERNA PORRA NENHUMA! O PT COPIOU O MODELO ECONÔMICO HERDADO DO GOVERNO ANTERIOR PORQUE NÃO TEM NENHUM PETISTA COM CABEÇA QUE NÃO SEJA TENTAR IMPEDIR UM GOVERNO DE SER BEM SUCEDIDO. O PT NÃO FEZ OUTRA COISA A NÃO SER DISCORDAR DE FORMA VAGABUNDA DE TODOS OS GOVERNOS. PASSOU OITO ANOS BOICOTANDO O GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE, PARA DEPOIS COPIÁ-LO E AINDA ASSIM MALDIZÊ-LO. 

LULA É UM FANFARRÃO, UM IDIOTA QUE ACHA LINDO DIZER QUE NUNCA LEU UM LIVRO, UMA CAFETINA DE SEU PASSADO DE POBRE RETIRANTE NORDESTINO, UM SER SEM MEDIDA, SEM CONSCIÊNCIA DE SI, INSEGURO, SABEDOR QUE NUNCA SERÁ TÃO RESPEITADO COMO FHC É, COM TÍTULOS MERECIDOS, COM UM GOVERNO QUE CONTROLOU A INFLAÇÃO, DEU UM RUMO A UM PAÍS SEM PERDIDO. ALGUÉM NA VEJA DISSE QUE FHC ERA A CRIPTONITA DE LULA, E É. MESMO COM A IMPRENSA VENDIDA, COM A INTERNET SITIADA PELOS LADRÕES OU APENAS IMBECIS PETISTAS (E AQUI SEJAMOS JUSTOS,  HÁ MUITOS MAIS IMBECIS QUE LADRÕES ENTRE OS PETISTAS, EMBORA OS QUE PASSAM DE MILITANTES AOS CARGOS DISTRIBUÍDOS PELA COMPANHEIRADA, RAPIDAMENTE COMECEM A ROUBAR) COM UM PRESIDENTE QUE PASSOU OITO ANOS DIZENDO QUE FEZ TUDO, QUE NÃO HAVIA NADA ANTES DELE, O PRESTIGIO DE FHC CRESCE E SEU GOVERNO NÃO ESTÁ NO STF , SEUS MINISTROS NÃO SÃO ACUSADOS DE NADA, SUA HONRA NUNCA FOI QUESTIONADA, SEU LEGADO PERMANECERÁ. TEM A CAMBADA DO PT QUE FALA EM PRIVATARIA. A PETRALHADA PETISTA FICA PUTA! ATÉ NA NET O MUNDO REAL SE MOSTRA REAL A LULA. FHC FOI ELEITO O PRESIDENTE QUE MAIS FEZ PELO BRASIL, ISSO MACHUCA DEMAIS. POBRES PETISTAS. FICA AQUI UM TEXTO MUITO MELHOR (INFINITIVAMENTE MELHOR E SEM MEUS ERROS GRAMATICAIS) DE REINALDO AZEVEDO, DA VEJA. ESSE TEXTO DIZ TUDO.






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18/06/2011 às 6:57
FHC, o presidente mais importante da história do Brasil, faz 80 anos hoje

O Brasil teve dois presidentes da República realmente fundamentais para a sua história: Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso. O primeiro descobriu o poder do estado na definição dos rumos de um país; o segundo, o poder da sociedade. Essas coisas não são um campeonato, mas, se eu tivesse de escolher, é evidente que ficaria com FHC. Com ele, não só o Brasil criou os marcos fundamentais para ocupar um lugar de destaque entre as economias emergentes como viu avançar o controle democrático do poder e do estado.

Na sexta-feira, dia 10, estive na Sala São Paulo, na festa que comemorou os seus 80 anos. FHC está de bem com a vida, feliz, ciente do seu legado e atento aos desafios presentes, com a lucidez de sempre. Fez uma brevíssima saudação aos convidados, exaltando, uma vez mais, a tolerância, a civilidade e a alegria de viver. Tendo prestado um enorme serviço aos brasileiros e ao Brasil, ele nos lembra que podemos, sim, ter um bom futuro.

Curiosamente, ou até por isto, o mais importante presidente da nossa história sofreu um tentativa de desconstrução inédita, com uma virulência como jamais se viu. Nem mesmo a ditadura avançou contra a herança do regime deposto pela “revolução” com a violência retórica com que Luiz Inácio Lula da Silva atacou o seu antecessor — nada menos do que o líder que havia posto fim ao ciclo da superinflação, que havia estabelecido os fundamentos do equilíbrio macroeconômico, que havia vencido alguns entraves históricos ao desenvolvimento. Não só isso: criou e consolidou as bases dos programas sociais no país, que, bem…, o Lula de oposição, ele sim!, chamava de “esmola”, o que está documentado em vídeo . O Apedeuta referia-se aos programas reunidos no Bolsa Família.

Oito anos de ataques implacáveis, sustentados pela mais poderosa máquina de propaganda jamais montada no país! Lula contou, ainda, com o auxílio pressuroso de setores da imprensa e do colunismo adesista, que se referiam — e alguns o fazem até agora — à “privataria” da era tucana, à “ruína” do governo FHC, ao “neoliberalismo” e a fantasias várias para tentar minimizar o papel definidor que o “homem do Real” teve na história do país.

Até ontem à noite, que se soubesse, Lula ainda não havia dado os parabéns àquele que tem a pretensão de ter como rival. Talvez não o faça. O misto de arrogância e insegurança intelectual do petista o impede de reconhecer a obra alheia, a grandeza alheia e até a gentileza alheia. Só conhece a prepotência e a subserviência. Não podendo se impor ao antecessor sob qualquer critério que se queira, então se sente diminuído — e, por essa razão, ataca.

Lula e o PT precisavam criar a farsa da ruptura com o passado para que seu projeto ganhasse identidade. Em certa medida e por um bom tempo, foram bem-sucedidos, ficando para a história o papel de fazer justiça a FHC, o que, de certo modo, já começou a acontecer, mas não sem revelar, contraditoriamente, um traço de morbidez do processo político brasileiro. Explico daqui a pouquinho.

Qualquer reconstituição minimamente honesta da história do país dos últimos 16 anos há de distinguir o homem que quebrou paradigmas e fundou a novidade daquele que teve, sim, o mérito de não tentar surfar contra a onda; há de distinguir o reformador fundamental do estado daquele que o submeteu, em muitos aspectos, a uma involução; há de distinguir o que atuou de olho no futuro daquele que buscou reescrever o passado. FHC sabe que lugar há de lhe reservar a história. E Lula também. E só por isso o tucano é capaz de reconhecer méritos no governo do petista, mas o petista jamais será capaz de reconhecer méritos no governo do tucano.

Em entrevista ao Correio Braziliense, FHC especulou, com algum humor, que Lula talvez tenha algum “problema psicológico” com ele. Tem, sim!, e já escrevi a respeito. Uma história sentimental do petista vai revelar o homem que se construiu eliminando os que o antecederam.

No sindicato, destruiu a velha-guarda na qual se ancorou para subir; no movimento sindical nacional, esmagou antigas lideranças para se tornar o grande líder; na esquerda, tratou com menosprezo ícones do pré-64, como Leonel Brizola (que o chamava de “sapo barbudo”) e Miguel Arraes; no próprio PT, desmoralizou todos aqueles que, ainda que minimamente, ousaram desafiá-lo. Não por acaso, no filme hagiográfico “O Filho do Brasil”, permitiu que o “pai” — refiro-me à entidade freudiana — fosse morto uma vez mais. Lula só sabe existir destruindo. Sua identidade estava, em sua cabeça ao menos, em ser um anti-FHC. De maneira escancarada, sempre fez questão de opor a sua ignorância à sabedoria do outro, destacando que ignorância é força. O esforço, no entanto, e já há sinais evidentes disso, vai se revelando inútil. À medida que o tempo passa, a obra de FHC se agiganta.

Estado mórbido
Aqui e ai já se começa a fazer justiça a FHC — de modo mais acentuado depois que a presidente Dilma Rousseff destacou o papel do tucano na estabilidade econômica e seu espírito democrático.  Pois é… A mensagem da presidente parece ter, sei lá, destravado as consciências ou, ao menos, liberado setores da imprensa para reconhecer o óbvio. “Se até Dilma está dizendo, então deve ser mesmo verdade…” A “PeTite aguda” é uma doença do espírito que subordina a inteligência a comandos puramente ideológicos, a despeito dos fatos. É um estado mórbido — e o principal sintoma desse mal é a falta de independência.

Mas deixemos essa gente pra lá. FHC faz 80 anos. Vida longa àquele que nos libertou da condenação ao atraso e soube enxergar, contra a metafísica então influente da política brasileira, que a chave dessa libertação estava em pôr mais sociedade no estado, em vez de mais estado na sociedade.

Parabéns, presidente Fernando Henrique Cardoso!

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

RAROS





Um mulher conseguiu o quarto lugar em uma paraolimpíada. Ela tem mal de parkinson. O dela é um tipo raro e severo. Não me interesso por competição alguma que não seja as que participo, que a rigor, não são muitas, e as que o vasco participa. Li a matéria pela frase "tipo raro de parkinson", achei estranho e engraçado, e de imediato me veio essa: como não tenho a rara (o) sou popular em algo. Li a matéria e chorei. Tive pena dela. O sentimento que muitos tem por mim. Me lembrei do eclésiastes, de sua frase primeira e genial. O que me faz pensar que possa ser mais feliz que ela ou em estar em  melhor situação? fisicamente estou, mas isso não diz nada. Daqui há dez anos muitas pessoas estarão à beira da morte, crianças serão homens, belas estarão com rugas, famosos serão anônimos, e creiam, milhões estarão mortos. Viver é precário e tudo e todos acabam. A diferença reside nisso: ela luta e não para. Ela não descansa. Ela foi quarto lugar em uma paraolimpíada, ela se concentra na coisa boa da vida, ela tem um mal de parkinson raro, ele é rara.


Os pais beijam o filho sem chance, a equipe de médicos faz uma reverência, a foto diz tudo. Serão doados os orgãos  do bebê. A mãe chora ao beijar o bebê. Que não se explique nada. Que se veja a foto. O motivo das coisas eu não sei, mas sei que existe o bem, sei que é melhor que o mal e  muito melhor ainda que o vazio. 


                             foto: prozac virtual

terça-feira, 2 de outubro de 2012

MEU OLHAR











Em toda modéstia ponho meu olhar desconfiado. Desconfio da modéstia como se desconfia de tudo o que é pensado. Só o burro tem certezas plenas, mas  suas certezas vem de não virem o outro lado. 

Em toda empáfia há de haver um descabido, um desmesurado, um Hitler, um abilolado. Um bufão pateta e bucéfalos a o exortarem, uma comédia de caricaturas, bobos tiranos e seus avatares.

Em tudo verdade tem de haver o avesso, sem que esse avesso venha ser a verdade, ou que o avesso desse aprofunde-o, alargue-o, pois  o  contrário do contrário não é contrário ao quadrado.

Em tudo que é luta deve haver um motivo, antes desse motivo a razão, e entre os dois a justiça, acima dela mais nada. 

Em nada faltará empenho sendo justo o alvitre. 
Em nada termina tudo, mas isso é o segredo: ir do nada ao nada e não matar, nunca matar.

Quero, como o poeta russo, meu direito ao espaço e ao tempo. Como Paulinho da viola, ser levado pelo mar, pois não eu que em mim navega, quem me navega... pois é.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O OLHAR QUE ASSUSTA







Eu não tenho medo das agulhas, de uma broca me perfurando o crânio, da sala e de não poder sangrar.  O meu medo é de ir com ele, no carro, de tentar sorrir, e desastrado, chorar.

Eu não tenho ânsias, nem vontades de atleta, nem aspirações demais. O que quero é sentar com ele, colocar minha comida, cortar minha carne, ai sim, olhar seu olhar.

Sem problemas com nada, com dores e risos, lutando com a vida. Mas uma luta igual, cara a cara, sem a covardia de hoje. Batendo apanhando, não só me defendendo, como tenho feito agora. Até que um dia chegue o dia, o dia de ir embora.

Ir embora com um riso dos que sabem que a luta é melhor que o resultado. Atravessar a ponte é melhor que ter chegado. O bom do jogo é jogar, o bom do rio é passar, o bom do feito foi o que levou a ele, não ele em si.

Tenho muitos medos, mas da cirurgia tenho vontade. Aguentei até aqui, aquentaria toda a vida o que tenho aguentado, mas viver é ambicionar, querer ir à frente, objetivar algo. Não querer o dos outros, isso é inveja. Quero só o que é meu, o que eu posso, sei fazer, quero de volto.


Ficar com dois furos na cabeça, acordado, falando enquanto um eletrodo me vai ao centro do cérebro não me assusta; e eu não sou o que se pode chamar corajoso, destemido ou coisa que o valha. Tenho medo de baratas, tenho medos primários. mas o que não pode uma barata, pode ele. O que nunca pôde   o mal de parkinson, pode ele. Ele é meu advogado, tive de assinar uma procuração.

Depois de mim, ninguém merece tanto quanto ele minha melhora. Depois de mim, a ninguém essa cirurgia será mais restauradora que a ele. Depois de tudo, ficará o amor da gente e as piadas. Estamos no meio ainda, eu e meu pai, eu e a vida.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MARCELO NOVAES

Impessoal












Compromisso com a palavra,
ele sabe, agora, é cartaz jogado ao
chão, enquanto se espera a morte
de pai, mãe, tio.


Sentado em banco sem encosto,
ele parece invisível, embora medido
por crivo impessoal. Chama-se a isto:
anonimato.


Ouve os outros vaticinando
O Choque, a contragosto: a
Chegada de Ahasverus com
Olhos de Neón: Nibiru, Har
Megiddo, Harmagedōn.


Por estar quieto, pensam-no
passivo. Por estar calado,
pensam-no sem ouvidos,
ou desconhecedor dos
fatos.


Nada mais distante do
correto.


Ele não dirá que seu coração
pega fogo. Não dirá que o sangue
é límpido, quando escoado ou
escolhido.


Não fará sequer uma Ode a
Dioniso ou seus prepostos.
Também não mencionará
Apolo ou o Dístico de
Delfos.


Não invocará para si a força
de qualquer instinto. Não entornará
os signos, a título de Vulto. Não
proclamará impropérios,
nem se regozijará com
¡Exclamações ao
Avesso¡


Não dissertará sobre as tantas
beberagens e seus efeitos. Nem
proclamará a pele como único
rito.


Não vocalizará as vísceras,
nem citará Zaratustra ou
Cítaras.


Não se contará entre os Felizes.


Não se imaginará navegando
águas diversas, inauditas. Não
se dirá poeta.


Atravessará a estanqueidade das
coisas, pressupostas ou presumidas.


E nos olhos, residirá sua casa.


Levantado do banco sem encosto,
mal se aperceberão do ocorrido,
enquanto ainda discutirão O
Choque, a contragosto.


Pai, mãe e tio já estarão mortos.

domingo, 2 de setembro de 2012

O QUE POSSO E O QUE NÃO









Eu posso estar em um lugar como o que fui ontem, sem verdinhos, com poeira, jogar sinuca de forma canhestra em uma sinuca precária, com assuntos precários, uma coca gelada, um tremor que não cessa, um sorriso no rosto e todo amor pela vida.


Eu posso escutar o ruído do vento no nada, o som das dores mudas, o grito dos silêncios nos velhos tristes, não convictos das suas quase convicções.


Eu posso descobrir teu véu, teu corpo, como montar um cubo, como destruir um castelo, como entender os sem razão, como estar tenso e calmo como um ou outra coisa se precisa.


Eu posso te fazer rir, chorar, ponderar, crer, descrer, se abster, se acalorar, entender, duvidar, se negar, aceitar, com ou do que falo.


Posso ironia, choro, te dizer: amor. Depois mudar e te chamar megera, puta, leviana, indecisa, beata, diabólica, salgada, doce.


Posso estar aqui dentro de você.
Posso dormir, posso sonhar.
posso ouvir teu som, vislumbrar o bom na tragédia e descobrir no riso o pranto vindouro.

Posso estragar o teu futuro, comer do teu bolo. Posso mandar você à merda, depois vou junto. Não posso matar, isso não posso. Não posso perder a fé, disso preciso.
Não posso perder o amor, disso é que vivo.

domingo, 26 de agosto de 2012

CONVERSAS


Para Elaine




Para que serve amizade?
Talvez para isso: visitar uma amiga que não fala.
E o amor?
Esse não serve para nada.
Os filhos?
Servem para nos fazer cretinos.
A poesia?
Serve para tentar evitar o inevitável da morte.
Me prove o bom da amizade, do amor, de Deus e da poesia!
Não posso.
Por qual razão preza coisas inúteis e improváveis?
Não sei.
Seja sincero, ao menos uma vez!
Serei, mas só essa.

Deus, amor, poesia e amizade são inúteis e improváveis, concordamos. Mas...

Mas...?

Para que servem coisas úteis?
Você é quem deve dizer.

Não sei explicar.

Você é retardado?

Acho que não.

Você é medíocre!
E você decepcionante.
Esperava mais de mim?
Devo dizer que sim, o chamam gênio do mal.
Queres me ofender?
Quem sou eu...
Ridícula essa falsa modéstia!
Não fica bem essas excessivas exclamações, esses chiliques, essa coisa de mulher apaixonada, essa... bem... veadagem.
Quer mostrar superioridade?
Não posso estar por baixo.
Sou rei!
De algo que nem de algo pode ser chamado. Rei do frio, do vazio, do vácuo.
Quer me dar lições? convencer-me de luares?
Não, de modo algum, tenho de ir à casa de uma amiga recém operada.
Lhe perguntei para onde iria?
Só  se pode responder, nunca afirmar?
Não banque o esperto, você quis jogar na minha cara sua amizade, seu desprendimento, sua tolice.
Sim, estás certo.
O diabo pode estar certo?
Claro que sim. O diabo quase sempre usa a verdade.
E quando mente?
quando fala de Deus, do amor, da poesia e da amizade.
Posso saber porque?
Por não poder sentir.
Como assim?
Deus, amor, poesia e amizade, estão para você como o frio para o metal, como o silêncio para o som, um não pode afetar o outro, nem mudar-lhe, nem estar em sintonia. São dispares, diferentes, nem chegam a ser oposto. Não tenho pena de você, sequer você existe. Há um criador, quem destrói sou eu. Acabou a brincadeira. Diabos não existem, é somente nossa desculpa, para não pararmos as guerras, estuprar, mentir, roubar. Fazer o diabo. E quem sabe depois colocar a culpa em Deus.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

UM TEXTO SOBRE UMA MÚSICA GENIAL



















Não deveria escrever sobre meu pai, não deveria escrever sobre nada, ou deveria escrever sobre tudo. Gosto de escrever, gosto de mostrar sentimentos, gosto de ser chorão. Detesto coletivos. Gosto de pessoas, não de povo, nem aglomerados. Gosto de bitóia totóia, gabi, pedro, minhas duas irmãs, meu filho, um menina que não sei o nome, não de crianças. gosto de Marcelo, Cabral; Pessoa; Baudelaire; Manuel;Castro Alves; Vininha, não por serem poetas, mas por escolhidos por meu gostar. Não tenho "pais", tenho um pai. Só sei ser isto, só sei ser assim. chorando e sorrindo por nada, acreditando no bom que há de vir. Juro que engano o tempo, juro que não sinto ele passar, escutando vininha, cuspindo no pt, morrendo de noite, nascendo de manhã. Quem me vir triste se enganou, quem me viu burro, pegou a pior parte. quem me mensura com medidas mesquinhas eu as estouro, arrombo, sobro, alago. Me tenho por muito, sou fundo, não raso. Eu crio um filho, eu durmo eu acordo, eu vago no mundo, eu sano eu endoido. Eu beijo, eu mastigo, eu endireito eu entorto, eu semeio, eu dizimo, eu encolho, eu aumento, eu te miro, eu te cego, eu desprezo, eu contemplo. Eu inundo, eu deserto, eu não crio, eu invento. Eu não morro, eu vicejo, queimo, ardo, arrebento. Trago junto a mim os meu livros sagrados, os meu um mandamento, minha calma e tormenta, meus quereres, meus desprezos, minha angustia, meu prazer, minha toda poesia, meu dizer: é assim! meu escrever pra você, meu querer só pra mim.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O CONTADOR DO TEMPO

Eu tenho noção exata do que seja poesia. Eu não escrevo poesia. Não tenho nenhuma espécie de frustração. Por isso posso escrever que gosto sabendo-os o que são: bobagens, bonitas bobagens. Mas bobagens sinceras são mais comovente e do que pretender o que não posso. O nome do blog é "O ADMIRADOR" porque sei admirar. Mas admirar  é saber também desprezar, preterir, comparar, catar feijão, como disse João. Vai um  poema de Marcelo Novaes, que escreveu uma porrada de poemas, vai linkado o no nome dele os blogs nos quais escreveu. 






MARCELO NOVAES
















Eu estou sempre na grande escadaria.
Eu estou no barco de pau a pique, entre
as duas margens do Rio Pardo. Eu não
sou quente. Eu não sou frio. Eu aguardo.










Viro um copo de aguardente - num só
trago -, e te meço, de cima a baixo. Eu
não estou no topo, mas no meio. Não sou
vesgo, não sou torto. Nem, tampouco, feio.
Aciono teu medo por controle remoto, pois
já descobri o jeito.









Maneira estranha de estar no mundo, na
grande escada: distribuindo ervas e guirlandas.
Apontando estradas. Sempre com nova postura.
Muitas vezes, no agachado. Mas agora de pé, onde
me equilibro. Forte. Rijo. Forte demais pra pretender
só uma das margens do rio.











De onde estou - bem no meio -, eu reúno as duas.
Eu miro as margens, e as possuo. Comparo os passos
dos que passeiam dos dois lados. Conto sombras e
grãos de areia. Antecipo as correntes do rio com
meus olhos de vidro. Frios. Azuis.Um azul anil.











Se me olhar, de repente – à tua esquerda, nunca à tua
frente -, saiba: eu assobio. E acordo uma memória que
dormia em tua mente.











Eu estou sempre na grande escadaria. Não sou morno,
não sou quente. Pesadelo ou fantasmagoria. Não estou
no topo, mas no meio. E sei contar o tempo. Sem perder
segundo. E do rio - bem do seu meio -, eu sei o mundo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

SE ACABAR DEUS FAZ OUTRO










Nem todo dia dá praia. 
Nem toda praia dá surf.
Nem todo frio cinzento,
nem todo gol é golaço.
Nem toda falta é vazio,
nem tudo sobrar, opulência, 
Nem toda morte é assassinato,
nem qualquer rezar, penitência.


Nem não faltar é sobrar,
nem aturar, paciência,
nem crescer é aumentar, nem conhecer ser ciência.
Nem dormir é descansar, 
não ser mal, benevolência.
Nem não ter pra onde ir é ficar,
nem todo sertão,  Gonzaga. 
Nem todo mesmo é igual,
nem todo igual aquela,
nem todo mar é só sal,
nem todo som reverbera.

Nem todo gato é bonito, 
nem todo lado é esquerdo,
nem todo amor é o meu, 
amor de choro, de enterro.

Nem todo pai é o meu, 
nem toda chuva me gripa.
Nem o bom é só seda,
nem o ruim é só chita.
Nem o mundo acabou,
nem acabará um dia.
Se acabar Deus faz outro, manda a gente de volta pra folia.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

CAETANO VELOSO










Caetano Veloso disse que deve-se adorar as gias (g ou j?) e as coisas que não são jias (j ou g?) A bíblia diz que javé não quer que se ame as gias, nem as coisas que não são jias, só a ele. Quem tem razão? Caetano, como não seria ele?! Não adoro humanos, admiro os que são talentosos, façam o que fizerem, ganhem quanto ganharem. Alguns os tenho como professores. Não adoro nada no sentido idiota que se dá à palavra na bíblia. Adorar como no sentido de redes sociais eu também não "adoro", gosto, amo, adorar não. Não que eu santifique uma palavra, mas exatamente pelo contrário, pela vulgarização que as palavras sofrem. É abominável essas super-super adjetivizações. O que pode ser maior palavra que defina o amor do que "amar"? nenhuma.  Então dá-se à um comportamento idiota de pessoas primárias, um sentido de super-amor. Adorar não é um super-mega-hiper-power, gostar, é se prostrar diante de deuses ou natureza ou coia que o valha. Amar já é o máximo, e eu amo quem tá fazendo aniversário hoje.
Pelos 70 anos dele, por suas canções, seu chorar na morte de Tom Jobim, por tudo de bom que ele é, beijo, Caetano, amo você.  Hoje é um dia bendito por ser dia dele, maldito. E não venha com essa de ele não tomar conhecimento de minha existência, de eu lhe ter tanto amor não correspondido, de amar sem sequer ter o amor enxergado. Quem nunca amou uma pessoa pela alma nunca amou nem pode ser amado.


SALVE CAETANO. SALVE, SALVE.






sexta-feira, 3 de agosto de 2012

OS GATOS SÃO "O CARA"













Vinícius De Moraes escreveu um poema sobre gatos, e quase o céu caiu em minha cabeça quando li. Disse "quase" porque uma vez ele caiu. Estava em pé, próximo da cama, e ao ler o último verso de "o ferrageiro de carmona", de João Cabral De Melo Neto,  caí sentado na cama. Dirão meus leitores mundo afora: (se vivemos em tempos imodestos, sejamos imodestos com força) você não está exagerando? não deixo-se cair gostosamente por estar ao lado de uma cama? fosse um precipício você cairia? mesquinharias! ninguém l~e poemas em precipícios, quando se está à beira de um, se está com medo suficiente para não querer saber de poesia,  ou ... porra, mas que diabos é isso?! voltemos ao Vinícius e os gatos. A certa altura do poema do vininha ele diz que nada se parece mais vivo que um gato morto. Faz tempo que li o poema e a frase não é bem assim, mas é nesse sentido. Os gatos são os caras. Os grandes gênios nunca tiveram gatos. Tinham medo do olhar dele. O olhar do gato é revelador, nos mostra como ele nos despreza. Goethe, quando escreveu o Fausto, deve ter olhado para si e pensado: tu és foda! o que te falta fazer mais? tivesse um gato próximo, o olhar do bichano diria a ele: idiota! 
A superioridade do gato não é advinda de sua argumentação, gatos não falam ( aqui só fica desinformado quem não vem) o olhar do gato é loquaz demais para ele precisar de boca e cérebro, mesmo Shakespeare, não teria argumentos contra os gatos, não por os gatos não poderem, mas por não quererem. Semana passada vi esse vídeo, quase morro de chorar (eu só não exagero, o resto faço) ao ver um gato sofrendo. Eu nunca tinha visto uma coisa tão pungente, tão dolente, tão...chega de rimas imbecis, vamos ao gato sofrendo.






terça-feira, 24 de julho de 2012

O PRÍNCIPE E O SAPO











Eu ia falar do Lula, desisti. Gosto do belo, não de sapos. Vou falar do professor, do príncipe, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, de um gigante. O Lula tentou e tenta o que não pode, nunca poderá, sujar o impoluto, rebaixar o que não alcança. Se vê na internet coisas nojentas comparando os governos do príncipe e o do sapo. O sapo ganha em números absolutos, e os que seguem o sapo, se deleitam com isso. Apreciadores de sapos não gostam de príncipes e vice-versa. 
Como é fácil ser o que somos. A frase é idiota, mas fica. Brasileiros se dividem em dois grupos hoje em dia, só dois, nenhum mais, os que admiram sapos e os que admiram príncipes.
Os sapófilos alardeiam números absolutos onde estes não cabem. Dizem: nosso sapo gerou milhões de empregos mais que o teu príncipe, gerou mais riquezas, fez isso e isso a mais que o teu príncipe, superou-o em vários quesitos, expandiu programas sociais, elevou crédito... Eu não tenho muito a explicar a idiotas, não tenho nada. Lanço aqui uma parábola (Cristo o fazia para deixar óbvio aos idiotas o que lhes parecia obscuro) vamos lá, sapinhos, vamos lá: Havia um lugar caótico, fora do mundo, da realidade, e com um monstro terrível e indestrutível (supunha-se)  pois todos tentaram matar o monstro e todos falharam. Aparece um príncipe, mais um que tentaria destruir o  monstro que não deixava o lugar sair do caos. O príncipe inicia a luta e tem um outro inimigo além do monstro, e talvez pior porque sabotador, mesquinho, desleal. Trava-se a luta. O príncipe vence, todos boquiabertos. Agora tinha que tirar o lugar do caos. Organiza o lugar, cria mecanismos de desenvolvimento, e sai de cena com um lugar organizado, pronto para ser um lugar de fato. Depois do príncipe vem um sapo. Dentro de tudo o que príncipe criou, com todos os mecanismos do príncipe, com as armas deixadas pelo príncipe,  o sapo pode dar ao  lugar mais um pouco de circo. O sapo se torna querido e o príncipe esquecido ou odiado. O sapo nega o que o príncipe fez, e exalta a si. O sapo diz que fez tudo sozinho, não fez nada. todos os adoram, ou quase todos. Há um outro grupo minoritário que admira o príncipe, aponta o dedo para ele e diz: ELE MATOU O MONSTRO!  Os sapistas esqueceram do monstro, esqueceram que com o monstro não haveria nada, seria o caos.
O príncipe está sereno, como não estaria? ele é príncipe e matou o monstro. O tempo passa e os idiotas também. Quando um ser no futuro for se informar sobre o que aconteceu naquele tempo desinteressante, terá tédio. Se for curioso lerá sobre o tempo em que lugar se viu uma disputa sem nexo, um disputa irreal, entre um príncipe e um sapo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

COM MEDO

Que seja dito: Deus não me livre de sofrer, me livre de não aprender com a dor.  Que nunca me deixe crer em um deus de testamentos, que eu olhe para mim como causador de tudo bom e de mau. Que eu aprenda que nunca se  aprende tudo. Que eu entre na idade madura com olhos e coração de quem não tem idade. Que Deus não me livre das coisas e pessoas de fora, mas me livre de mim, de minhas lamas. Que Deus não me perdoe se um dia eu embrutecer. Que me leve quando eu não chorar, quando tempo me secar os olhos, o mundo está morto para os sem lágrimas.


A Deus peço que eu não seja salvo para um céu sem poesia. Um céu sem poetas que vá os que o querem. Não pretendo estar em céus onde não haja poesia. Cada dia eu peço menos e agradeço  mais. Não que eu tenha tudo, não que eu seja rico, não que eu sejas atleta, muito menos tenha fama. É que olho os mendigos, os  nos hospitais, e os que nem família tem. Ai eu entendo o complexo da vida, e o motivo de não endurecer.
  


A que vem isso?
É que estou com medo. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

É BONITA!





















Quando eu for submetido a uma cirurgia verei tudo como em clichê de filme ou livro vagabundo, mas posso recorrer à surrada frase e dizer que ali passará o filme de minha vida. Estou completando 37 aninhos e querendo mais. Pitocudo tem dez anos e já não cabe nos meus berços sonhados, em meus planos de nunca ele sair de onde eu possa o vigiar. É o tempo, dona vida, com seu "ser tempo", o seu passar.

Não brigo com quem não possa ganhar. O tempo envelhece mas ensina, traz-nos pesos mas as formas de carregar, dá-nos medo e as maneiras de tentar, dá-nos o o que pode ser ruim ou benfazejo, dá-nos rugas e paciência, dá-nos saber ou senilidade, mas no seu auge não dá nada, tira tudo, tiro do mundo o mundo, tira do tempo o tempo, falta de voz a quem já é mudo.

O tempo tem de ser compreendido, amado e sobretudo respeitado. Nunca houve quem fosse tão bom ou forte ou bonito, que o vencesse. Ele trabalha em silêncio e com calma, fazendo você gostar do que um dia acaba. 

O tempo é um falso parceiro, nunca ficará do teu lado. Te dá falsas impressões, falsos entendimentos, te faz pensar que és eterno quando és... já foste. 


É preciso amar o tempo. Ter-lhe respeito. É preciso ouvir Caetano Veloso. É preciso ver o pajem de terno, moreno e com cabelos. É preciso olhar os poetas de antanho, os de hoje e saber que o mal anda bem.


Viva uma ano a mais.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

AOS PETISTAS

Imagine o Brasil hoje sem FHC. Vamos lá, usemos o raciocínio de Lula, que nega méritos a quem deveria lamber os pés. Vamos lá, voltemos no tempo e coloquemos Lula como presidente em 1994. Inflação de 44% ao mês Lula faria o quê para debelá-la? daria um calote no FMI, colocaria Maria da Conceição tavares ou Mercadante no ministério da fazenda, aumentaria salário com indexadores que supliciavam a nossa economia, não abriria o mercado para o mercado externo, não teríamos privatizações, enfim, seria o caos.
Lula foi contra o plano real, contra privatização, contra lei de responsabilidade fiscal, contra o bolsa família (quando era com FHC não prestava, era esmola) foi contra tudo. Quando ganhou, depois de Fernando Henrique, foi contra tudo o que era contra no governo anterior, copiando-o, seguindo-o, mas criticando a quem seguia. 


Claro que para ser petista é necessário uma cavalar dose de ignorância, idiotice, safadeza ou tudo junto. Mas peço a algum idiota que vote nessa cambada que me desminta em uma linha aqui. Veja bem, uma linha só. Onde eu errei ou menti?
Tudo que aconteceu de bom nos últimos anos se deve ao fato de FHC ter passado antes, arrumado a casa. 




VENHA UM PETISTA AQUI E ME DESMINTA.   


VOCÊS SÃO IDIOTAS, ESTÚPIDOS, SEM ARGUMENTO LÓGICO.