segunda-feira, 13 de agosto de 2012

UM TEXTO SOBRE UMA MÚSICA GENIAL



















Não deveria escrever sobre meu pai, não deveria escrever sobre nada, ou deveria escrever sobre tudo. Gosto de escrever, gosto de mostrar sentimentos, gosto de ser chorão. Detesto coletivos. Gosto de pessoas, não de povo, nem aglomerados. Gosto de bitóia totóia, gabi, pedro, minhas duas irmãs, meu filho, um menina que não sei o nome, não de crianças. gosto de Marcelo, Cabral; Pessoa; Baudelaire; Manuel;Castro Alves; Vininha, não por serem poetas, mas por escolhidos por meu gostar. Não tenho "pais", tenho um pai. Só sei ser isto, só sei ser assim. chorando e sorrindo por nada, acreditando no bom que há de vir. Juro que engano o tempo, juro que não sinto ele passar, escutando vininha, cuspindo no pt, morrendo de noite, nascendo de manhã. Quem me vir triste se enganou, quem me viu burro, pegou a pior parte. quem me mensura com medidas mesquinhas eu as estouro, arrombo, sobro, alago. Me tenho por muito, sou fundo, não raso. Eu crio um filho, eu durmo eu acordo, eu vago no mundo, eu sano eu endoido. Eu beijo, eu mastigo, eu endireito eu entorto, eu semeio, eu dizimo, eu encolho, eu aumento, eu te miro, eu te cego, eu desprezo, eu contemplo. Eu inundo, eu deserto, eu não crio, eu invento. Eu não morro, eu vicejo, queimo, ardo, arrebento. Trago junto a mim os meu livros sagrados, os meu um mandamento, minha calma e tormenta, meus quereres, meus desprezos, minha angustia, meu prazer, minha toda poesia, meu dizer: é assim! meu escrever pra você, meu querer só pra mim.

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