domingo, 23 de setembro de 2018

O que me espanta é o sono do assassino, a certeza dos burros, e as crianças na rua.
A promessa dos políticos, a vingança dos sem razão e a razão nunca reconhecida.
O que me vale é ter força pra ir em frente, meu pai, meu filho e mais gente, que amo e me serve de farol.
O que me importa é não perder o medo, não perder a gana, não perder minha pouca fé.
O que eu preciso é descanso, mas por pouco tempo.
O que me falta eu acharei, procurando, não comprando.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PEDIR PERDÃO E PERDOAR



























O mundo está torto, tenho de consertá-lo. 
Não me diga soberbo, tampouco marque psiquiatra de novo.
Pensando melhor, é bem mais útil (a mim) não ajeitar o mundo.
Como eu faria?
Seria tudo por decreto, por imposição, mas não ditadura. 
Primeiro eu decretava o fim do câncer, das crianças que dormem na rua e, por lei, eu decretaria o fim do mal. Mataria o mal com tiros de azuis, como meu grande amigo e poeta, Marcelo Novaes, tão lindamente descreveu.
Só o mal seria morto!
Nada pode fazer quem não sonha o bem impossível. 
Somos poetas, sonhemos com curas e melhoras.
Somos poetas: sonhemos com Bolsonaro abraçando um veado.
Somos poetas: sonhemos que tudo será melhor, e  quando não for..., esperança.
A esperança não é a última que morre. Ela não pode morrer.
A esperança está para a vida como única coisa indestrutível.
Eu tenho um plano de melhorar o mundo todo. 
Digo: Pedir perdão e perdoar.
Todo dia, sempre. Essa minha ideia (que na verdade é do Cristo).
Pedir perdão e perdoar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O SONHO

Eu sonho e não é com coisas grandes, nem feitos, nem vaidade. Meu sonho é tão sonho, tão honesto, tão justo, que chego a achar que não é sonho, é direito. Todo homem, vil que seja, poderá sonhar. Eu sonho.
Não diga que sou mesquinho, que só sonho para mim, que não sou humanitário. Não sou! Sou egoísta no meu sonho, sou contra coletividades. Cada um faça por si e tenha uma lei geral que o limite.
O meu sonho é só meu e é esperado. Esperado como um filho que sequer foi gerado, por isso mais querido, por isso mais amado.