O vasco não
foi campeão. Estava com meu filho ao meu lado, meu sobrinho, duas tvs na sala e
muita torcida. Mas o vasco não foi campeão. O jogo acabou, saí da sala,
pitocudo ficou vendo o que queria, mas não houve o grito de campeão. Meu pai
ligou, disse que torceu mas infelizmente
não deu.
Não fomos
campeões, isso sei, mas somos vascaínos, ainda
e sempre, vascaínos.
Millôr Fernandes
tem uma frase genial sobre isso. Ei-la: “vitória
é aquela vez em que não perdemos”. Vamos perder sempre mais do que ganhar
durante toda vida. Amores, saúde, tudo. Mas há um jeito de nunca perder, ou por
outra, sempre ganhar; e te ensino, e te mostro, sou bonzinho. Lá vai:
Quando teu “vasco”
perder, ou você descobrir que existem milhões de seres mais capazes que você,
ou mais bonitos, ou mais o que seja, olhe pra dentro e procure algo bom. Não
por vaidade ou soberba, mas pelo mero prazer de saber que tem limites e que é
sabedor deles e que pode tentar superá-los. Há uma virtude na luta que é estar
lutando, estar nela, dentro dela, de todo corpo, de toda alma.
O vasco
perdeu, é certo. Eu torci muito pelo contrário, mas não deu. Saí da sala
triste, meu filho notou. Não chorei, mas não tinha motivos para rir. Ninguém se
alegra na derrota, mas há os que não sabem perder.
Eu disse a
pitocudo, não com palavras, com gestos, disse-o:
A PAIXÃO
ACABOU?
NÃO!
SOMOS
VASCAÍNOS.
A RIO NUNCA
SECA.
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