domingo, 25 de dezembro de 2011

SÓ ENCHO O SACO DE PAI JOAQUIM DESSA VEZ - OU JOGUEI NA MEGA SENA E NÃO SOU RETARDADO- OU A IMPOSSIBILIDADE POSSÍVEL









Bom, joguei na megasena. Sim, joguei, e daí?  Sempre achei o jogador da megasena, um idiota. Mas eu não sou. Digo a razão: O cara que sai do trabalho e vai pra fila de uma lotérica perder tempo com uma impossibilidade, não pode ser menos que um idiota. Meu pai joga na megasena, eu joguei, mas não somos idiotas. Não?! Não!
Meu pai joga porque sempre vai a lotéricas, então aproveita e joga. Eu joguei por razão ainda mais justa,  claro, toda idiotice feito por nós tem um motivo justíssimo. Mas o fato é que eu sequer joguei na megasena,  ela jogou em mim. Antes de dizer que cheguei em um ponto em que o maluco inspira cuidados, explicarei. Eu estava na oficina próximo de casa quando passou um cambista de jogo do bicho, não joguei no bicho, por um certo tédio de não ganhar, ou certo desejo de não perder, como queiram, mas comprei três raspadinhas, ele então ofereceu ao galego da oficina, uma megasena da virada, a mim não ofereceu, mas falou do valor, e aquilo foi como um chamado, senti que era a hora. Joguei. Um bilhete, que minha idiotice encontra limites de bom senso e pecuniários. Ele vende a três reais, compra por dois, ganha um. O que me fez comprar um impossilidade?
Vou explicar porque é impossível se ganhar em um jogo assim. Lá vai:
Escolho dezenas de 00 à 99, cem, portanto. Você tenta acertar, e...  , acerta!!  Fantástico! Grande sorte! Divino!
Mas...,  o sujeito tentar acertar mais cinco vezes é no mínimo uma coisa de retardado. Faça essa brincadeira em um bar ou qualquer lugar e as pessoas te acharão um pateta de grife.  Rirão de um idiota que se pretende mágico. O sujeito acertar 6 vezes um aposta em que a razão seja de um para um, já é um milagre (tente fazer, mande alguém escolher em pensamento dois números, 1 e 2, por exemplo, e tente acertar qual o número pensado, dificilmente você acertará as seis vezes) já é difícil, mas acertar quando à razão é de 1 para 100, decrescendo até 1 para 94 na última tentativa, é somente impossível!

O argumento de meu sobrinho para jogar é o mesmo de meu pai: alguém ganha, não pode ser eu?


DA IMPOSSIBILIDADE POSSÍVEL

Existem coisas impossíveis, mas não são muitas. As leis físicas, naturais, essas precisam de um Jesus para deixarem de existir. Se você soltar um maça em qualquer parte da terra, ela vai cair. É impossível ela não cair. Tendo gravidade, sem nada que a impeça de ir ao solo ela vai cair. É impossível ela não cair, não improvável, impossível. Uma coisa impossível nunca pode acontecer. Ponto. Se aconteceu, pode ser improvável, mas não é impossível.
O oximoro acima (vilge! Para os menos vocabularizados, google neles!) explica-se assim: existem coisas que podem acontecer, mas são tão raras e tão improváveis que são ditas impossíveis.  Lula agindo com decência; um grupo de pagode cantando algo que preste; Ana Paula Arósio (até o nome da peste é lindo) se apaixonar por mim, são coisas improváveis, mas que podem acontecer por razão não impossíveis. Mas razões não impossíveis não quer dizer que sejam possíveis. O sol se resfriará em 5 bilhões de anos, e isso nunca aconteceu. Não é impossível, mas será o fim de tudo. Das possibilidades e impossibilidades. então o resfriamento do sol será o possível que nunca se verificou, que quando se tornou possível, nos impossibilitou (puta que o pariu! Haja colhão para escrever tanta merda!)

Então porque tantos apostadores em um resfriamento do sol, ou de um súbito amor entre eu e Aninha? O prêmio!

R$ 170.000.000,00, vai passar de 200.000.000,00.
Isso faz a lógica virar pó. Foi por coisas assim que surgiram os macumbeiros, para te fazer achar que matemática não tem lógica, que o que conta não é  a razão ou esforço pessoal ou ter ética. Não, o que conta é ter proteção do caboclo Joaquim, da pomba-gira, ou colocar galinha na encruzilhada.

Joguei e sou um ser racional. Por isso peço a pai Joaquim, saravá, meu pai, que abra meus caminhos. Aliás, abra só essa vez. Com 200.000.000,00 na conta, eu arrombo os outros.

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