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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Vendo Caê e Gil




O grande sem palavras que o determinem grandes, que se dito grandes, menores o fariam. Se exagero, releve, os poetas e loucos sempre o fazem. Sou os dois, sou ainda profeta e não me tenho em baixa conta. Agora ainda mais, porque agora é mais difícil. O parkinson, debutante, não me tirou ainda (nem o fará breve) a mania de admirar. Me limita no que pode, nos movimentos, não o querer fazê-los. Me limita... Basta! Não existe doença, não como ser. Não existe quem me detenha mais sobre a vida que a própria vida. O contrario não existe. A morte não me aguça sobre ela, não me faz despertar para ela. Ao contrário. A morte me causa pena o fim da vida, o ausente do belo não o feio que se inicia. Morte não é nada, como doença, como não-poesia. O mundo dos sentires -que é o mundo real- se compõe de poesia, e o que não é isso não existe, simples assim. Não existe o erro, o mal-mau, o medo, o frio nem escuro, nada disso. Nem a essas inexistências deve-se dar trela. O que existe é falta desses opostos. Prestar-se-a culto ao acerto, ao bem-bom, à coragem, ao calor e ao claro. Saberá que o que existe é afirmativo e gera vida e poesia e se não gera não é e; se não sendo não está. Como nunca haverá alternativa ao Cristo nem o que lhe seja contrário. 

Para não dizer tudo, digo o que me basta. Não sei de tudo mas sei o que importa. Sei que errando haverá perdão, mas não premeditar a porta, porque o erro sem perdão é o que foi calculado. Em tudo tem de haver perdão e compaixão e perdão, menos no que foi provocado. Um dano que se sabia o grave e sobretudo o mal causado.

Devo dizer que chorei de madrugada?
Devo dizer que sempre é assim?
Precisa dizer que gosto disso?

A quem ver isto, feliz natal e um bom ano novo!

Beijos e abraços aos que o aceitarem.

Em especial para meu pai, Marcelo Novaes (o poeta), Marcelo (o cagão, meu sobrinho-neto), Cleide, Marta, Caetano, Luluzinha e suas crias, minhas irmãs, minha mãe, Claunice, e, como dito acima, a quem aceite.