PARABÉNS AO POETA DOS POETAS, O QUE SALVOU DEUS E NEM QUIS AGRADECIMENTO; AO QUE ME DEDICOU (COISA QUE NUNCA ESQUECEREI) O SEU "ESCUDO, ELMO E A SOMBRA"; AO QUE ME DEU DE PRESENTE UMA IMAGEM COMO EM BUTOH OU A FRANJA BRANCA DA LUZ. PARABÉNS POETA!
O FOGO DA SEGUNDA HORA
MARCELO NOVAES
Lá fora, faz-se um fogo
novo [o Fogo da Segunda
Hora], que purifica antigas
sínteses, desestabiliza o que
é triste e lava [como que em água
corrente] o coração que sofre [os
desvios os entraves as serpentes]
e deixa ficar o que é suave.
O Fogo que mostra [na
foto, dentro da moldura] onde
está tua mão [e a mão de quem
ela segura].
O Fogo Iridescente que aquece salas
e aposentos - realimenta a lâmpada com
novo azeite. E, na Hora das Vésperas, faz
dobrar os joelhos e santifica o bem que pode
advir de um erro ou acidente.
[Se reconhecido o erro como assim sendo].
O Fogo que, no brilho noturno, aquilata a
fertilidade do húmus e a beleza de seguir em
paz pro túmulo, sem alarde.
O Fogo que Vê o que só viu o solitário
[garimpa rubi e diamante do cascalho],
consulta o dicionário para fazer brilhar, ali,
palavra que nunca esteve e que surge, agora,
uma só vez.
O Fogo que salva a matéria-prima do
confisco [distingue o falso do legítimo]
e faz por merecer [por contraste - de
tanto arder e arder tanto] o bálsamo
no sacrifício.
Escolhe o esmalte mais claro,
[aponta-nos que o som do estampido
não é o do disparo], ocupa móveis que
estavam sós, como jazigos. Esfrega a terra
sobre a lápide e diz que o Túmulo está Vazio.
[Sem precisar erguê-la].
Discerne o cerne da superfície
[o foco do fogo fátuo, a unha do
esmalte, a polidez do verdadeiro brio]
e faz a seiva manter aceso o verde no
topo dos galhos.
O Fogo que encontra a cura para o Mal de
Parkinson, distingue o que é insólito [mas bom,
inaugural, invulgar] do que está na norma [mas
não precisava, nem deveria estar].
O Fogo que sabe que a febre é estágio
preliminar do convalescer, muitas das vezes
[Ele que aplacou a IRA dos irlandeses] e considera
a possibilidade de Ed Motta cantar canções folclóricas
em frente ao Éden.
Lá fora, faz-se um fogo novo:
o Fogo da Segunda Hora.
O FOGO DA SEGUNDA HORA
MARCELO NOVAES
Lá fora, faz-se um fogo
novo [o Fogo da Segunda
Hora], que purifica antigas
sínteses, desestabiliza o que
é triste e lava [como que em água
corrente] o coração que sofre [os
desvios os entraves as serpentes]
e deixa ficar o que é suave.
O Fogo que mostra [na
foto, dentro da moldura] onde
está tua mão [e a mão de quem
ela segura].
O Fogo Iridescente que aquece salas
e aposentos - realimenta a lâmpada com
novo azeite. E, na Hora das Vésperas, faz
dobrar os joelhos e santifica o bem que pode
advir de um erro ou acidente.
[Se reconhecido o erro como assim sendo].
O Fogo que, no brilho noturno, aquilata a
fertilidade do húmus e a beleza de seguir em
paz pro túmulo, sem alarde.
O Fogo que Vê o que só viu o solitário
[garimpa rubi e diamante do cascalho],
consulta o dicionário para fazer brilhar, ali,
palavra que nunca esteve e que surge, agora,
uma só vez.
O Fogo que salva a matéria-prima do
confisco [distingue o falso do legítimo]
e faz por merecer [por contraste - de
tanto arder e arder tanto] o bálsamo
no sacrifício.
Escolhe o esmalte mais claro,
[aponta-nos que o som do estampido
não é o do disparo], ocupa móveis que
estavam sós, como jazigos. Esfrega a terra
sobre a lápide e diz que o Túmulo está Vazio.
[Sem precisar erguê-la].
Discerne o cerne da superfície
[o foco do fogo fátuo, a unha do
esmalte, a polidez do verdadeiro brio]
e faz a seiva manter aceso o verde no
topo dos galhos.
O Fogo que encontra a cura para o Mal de
Parkinson, distingue o que é insólito [mas bom,
inaugural, invulgar] do que está na norma [mas
não precisava, nem deveria estar].
O Fogo que sabe que a febre é estágio
preliminar do convalescer, muitas das vezes
[Ele que aplacou a IRA dos irlandeses] e considera
a possibilidade de Ed Motta cantar canções folclóricas
em frente ao Éden.
Lá fora, faz-se um fogo novo:
o Fogo da Segunda Hora.
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