quinta-feira, 24 de maio de 2012

O TIME DO AMOR












Falta muito, você não faz idéia, um oceano de oceanos, pletora de pletoras, infinidades de infinitos. Não, não é que falte, nunca será, nunca se dará. Então baixe a bola (ou o facho)) recolha o sorriso, modere a alegria, não me verãs por baixo. E vai sem rima, vai à seco, como o cante de Cabral, como o choro de ontem. Sim, houve isso. Se te agrada, houve tristeza, minha, de meu sobrinho, de meu filho. Quer mais? ao escrever isso, ao saber que não haverá jogo do nosso VASCÃO quarta-feira, que não... faz um tempo que não choro assim. O branco ressona e eu tenho de cobri-lo. Ele está com a camisa do time do pai dele. O pai dele torce pelo Vasco pelo amor do pai do pai dele. Na sala as camisas do Vasco estão penduradas na estante. Os fogos que soltaríamos não se fizeram ouvir, e eu deixarei meu menino faltar aula amanhã. Quando ele foi dormir me perguntou com a voz embargada: vou pra escola amanhã?  eu lhe disse que não. Eu deixava ele faltar nas quintas depois do jogo da libertadores. O jogo do dia anterior terminava tarde. 

Já clareia e o meu chorar cessou. Pois é, rapaz, meus olhos não são rios, minha crista não baixa. Não baixou nem baixará. O jogo foi perdido, o riso adiado. Talvez fosse nem riso, fosse chôro de outro modo. Mas fica disso tudo uma coisa que é tão grande quanto uma dor de vascaíno: o amor de um pai para um filho. Um saber que não precisamos vencer para sermos pai e filho. Ontem  fomos dormir sem muitas palavras, e quarta não terei o prazer de ver os despropositados e impertinentes comentários do pitocudo branco. Acabou o nosso sonho de bicampeonato, de chegar ao topo. O que nunca acaba ou acabará, é o amor pelo VASCO se ele perder ou ganhar.

Um comentário:

  1. http://direcaoespiritual.blogspot.com.br/2012/04/nao-desistir-nunca.html

    ResponderExcluir