segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SOBRE O QUE NÃO VOU CONTAR




Sempre que acordo acordo leio a  veja (no site) tenho raiva do pt, ódio de Lula e um certo mau humor. Sou avesso a escrever e ver coisas sentimentais ou as lê-las. Acordei cedo, desci e minha mãe ia para feira com minha irmã, fazia café e aproveitei para tomá-lo com tapiocas. Ainda que eu fosse um ídolo de rock americano isso seria desimportante até para os fãs dos ídolos de rock americano. Como não sou, continua sendo desimportante. O que escrevo é para mim dizer sobre o que me vem à cabeça ou dá na telha ou para não explodir, como as vezes faço. Vez em quando rivotril, vez ou outra rezo, quando meu compadre vem: puteiro, e descanso como quem nunca pecou e nem tenho medo lembrado de meu pai. Fazia anos que ele não vinha a minha casa e saímos juntos e sós, solteiros e em paz e alegria de celebração. Celebrar uma amizade. E bebemos e farramos, vimos o dia raiar. O que fizemos foi de conta nossa. Nem haveria o que explicar nem se lamentar. Respeitamos a todos, fizemos amizades e sorrimos muito. Meu amigo é louco e não cuida da saúde, se continuar comendo o que como e bebendo o que bebe, estará morto em pouco tempo. Eu não tenho saúde, só bebo em casos em que ele venha a caruaru (isso demorou uns 10 anos) mas tenho parkinson há quinze anos e não me iludo: a coisa uma hora vai acabar.

Vemos nossos filhos juntos e brincando, olhando meu compadre e o passado de farras homéricas que fizemos, veio-me a alegria de aceitar a passagem do tempo, de me preparar para o que seja. Como  diria Caetano "ter coragem de saber-me imortal".

Não existe lugares certos ou errados, tampouco pessoas certas e erradas. Só uma coisa me interessa agora: respeito. Respeitar aos outros e a mim. Onde estiver ou sair seja com respeito.



Tudo é estar pronto. Tudo é não ter medo. Essa é minha verdade. Foi descoberta por mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário