sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ATÉ QUE MAIS NÃO SEJA.




Você me diz coisas dura e tristes sobre minha frieza e eu choro e não dou-te a perceber que o faço. Eu respeito tuas dores e as entendo. São dores humanas, de fundo, de dentro. Não são maiores que as minhas nem de somemos importância. Doem, só isso, e isso é  bastante. Ai você me diz que se enganou por achar que um poeta deveria sentir mais, ser menos burro sentimentalmente. Eu não sou poeta, minha amiga. Nunca fui. Uma vez vi um pai segurando sua filhinha e fazendo exercícios para que seus músculos (ela quase não os tinha) não atrofiassem de tudo. Não achei nada de comovente nisso. Ai ele disse: "Eu creio em Deus, só não sei qual a razão de minha filha ser assim". As coisas só existem depois que eu as sinto ditas ou escritas. Sou um ignorante emocionalmente. Não sou frio. Não sou mau. Não sou poeta. As palavras do pai da menina inerte me furam a alma. A menina em si, não. Não sei o que quero dizer nem como fazê-lo, sei que não sou só instinto. Sou do abraço e de paz também. As palavras me encarceram. Não tenho muito a dizer - não tive nunca e agora menos ainda- sigo igual, porém mais calado. Não sei como  t e confortar, não posso te dar mais do que tenho - quem pode?- se queres, como disseste, apenas um  abraço e quem te ouça, estou aqui. Não morri, nunca morrerei de tudo enquanto vivo. Embora com menos sorrisos e choros, ainda sangro e retenho. Sempre será assim. Até que mais não seja.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

MEU BLOG TÁ COM MAL DE PARKINSON

O pt ACABOU.







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Como o mundo não começou hoje, deduz-se, seguindo o raciocínio dos petistas (raça em extinção, mas não nos iludamos, aparecerão em outros partidos, com o mesmo terno tingido, e que vê um mundo melhor para o ser humano com o socialismo buarqueano) que ninguém é culpado de nada, o culpado é quem veio antes. Mas sejamos simplórios como os petistas e esquerdistas, FHC não foi o primeiro presidente brasileiro, e nem Collor, nem... bem, quem foi o primeiro presidente do Brasil? vou chutar: Theodoro da Fonseca. Agora vou conferir no google. Acertei! errei na grafia, o correto é Deodoro da Fonseca. É ele o culpado pelo aumento da energia (uma absurdo!) do roubo na petrobras e por tudo que há de errado no Brasil ( o certo, todo mundo sabe, foi o pt quem fez) Deodoro pode argumentar (no que escrevo mortos argumentam) que houveram outros antes deles e os outros antes deles tiveram antecessores outros antes deles, e a assim retroagimos até o princípio. O único ser que não veio depois de ninguém (e portanto não pode culpar antecessor) é Deus. Então é isso: o pt não tem culpa de nada, o culpado é Deus.









sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

UMA SINGELA HOMENAGEM AO "O VELHO E O MAR"




Eu vivi a febre dos poetas, o erro dos que amam, o sonho das madrugadas. As dores dos hospitais e as orgias que todos negam. Não cansei de viver, é bom que eu diga, roerei o osso até o fim. Mas deve o pescador deve dizer dos peixes mas nunca viver dos pescados. Lembrar que sempre haverá um outro a pescar amanhã, que sendo menor que os de antanho o dignificam tanto por ser a força despendida a que foi capaz na vez primeira e que não pode ser repetida, mas que é o máximo que pode agora, é o máximo que extrai da vida. Estar vivo é saber que pescar peixes menores faz parte da vida. Mas nunca esquecer que deve usar toda a força pra segurar o anzol. Não a que se tinha jovem e arrancava as entranhas do peixe. Mas a força lenta e paciente que vai  machucando-o por dentro, minando-o, até o dia em que der. Até que o peixe vença a gente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

AGORA NO DIA CERTO






Se só vale no dia, no dia faço valer.
Se é preciso (preciso sempre há de ser)
que eu reitere meu carinho por você no dia exato de teu aniversário, faço-o, mas não sem prazer.
A quem meu carinho é sincero, a quem acolho no coração... isso já é mais do mesmo, Luluzinha, isso já remete ao que tanto te escrevi. Releve a falta de assunto e o mesmo modo de sempre dizer "te amo".

Mas existe modo novo de se expressar o que sempre existiu e foi dito antes por todos, dos poetas altos, aos bêbados , os dementes e os que perderam a razão em função de sua devoção a racionalidade.
Tudo bem, Luluzinha, esse texto tá parecendo coisa de quem não tem o que dizer ou quem gastou  o assunto dezessete dias atrás.
Mas dezessete fossem seus aniversários eu não teria a acrescentar mais que o que venho dizendo nos anos após te conhecer.
Aprendi com o que li, com os os hospitais, aprendi nas lutas e nos medos. Aprendi com padres e com ateus sinceros, aprendi com erros e muito com o frio; aprendi com risos e muito com Caetano; Aprendi a amar homens, a engolir choro, a suportar alegrias extravagantes; aprendi mais em 2014; aprendi muito com Olavo de Carvalho, com minha irmã; Aprendi sobre o respeito e o quanto deve-se respeitar solos sagradas (igrejas e a casa de meu pai) aprendi a resignar-me; Aprendi com as brocas, e muita coisa ainda aprenderei. Mas de você aprendi como se deve aprender. Tem a maneira certa de aprender as coisas. Aprender e apreender o que for bom. Até o mal deve ser "bem aprendido" para não ser usado, para nunca ser saída.

Parabéns, professora Luluzinha!

Continua aprendendo com Pedro e com Ester, depois tu me ensina.

Te amo!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

DEZESSETE DIAS ANTES



Aqui dentro de mim tem um torcer por ti. Um querer que sejas feliz e isso dure até teu fim. Aqui dentro de mim mora um que te ama e te deve o que não pode mensurar. Que te tem obediência, que tem por você respeito cuja força não pode conquistar. A força pode  o medo, não o amor. O amor de uma amizade que nunca vai se acabar. E não diga "nunca" ser muito tempo, não sou eterno evai se acabar nossa amizade; Mas isso só quando eu morrer, quando não for mais eu, quando nem tiver gostos, nem vontades. Minha vontade é te abraçar, te dizer: felicidades. Não abraçar fisicamente, que é chato, cansativo e não traz verdades. Um abraçar com a alma, um abraço de um amigo.
Quando não havia ninguém houve você e seu marido. Houve quem não me virasse a cara (e não culpo a quem o fez. O que tive foi e é merecido) todos não viram no morto mais que  o cadáver, você viu no morto coisas não mortas de tudo.
Aqui dentro de mim mora um poeta e um demônio;  Um ateu e um beato; um doce e um salgado. Mas saiba que mesmo no lado negro da coisa, mesmo no pior de mim, há o respeito e admiração por ti.
Aqui, onde só eu sei as coisas que doem e as que fazem viver, tem as minhas escolhas e entre elas você.
Com dezessete dias de antecipação venho te dizer: PARABÉNS AMIGA, AMO MUITO VOCÊ!

ANDERSON SILVA DE VOLTA AO MEU CORAÇÃO





Aí é quando choro, me  despeço de minhas mesquinharias. É quando um gigante cai e sabe que não existem gigantes. Descobre pela dor o que poderia ter descoberto antes. Anderson Silva vence, caí, chora.  Anderson Silva voltou ao meu afeto, ao meu coração. De nada mudou quando desgostei dele nem para ele nem para mim, mas devo dizer que sou poeta e sei admirar.  Com olhos de poeta, de quem ama só por amar.
Ao cair no chão e chorar sem pudor, ele retorna ao grupo dos que amo. Sabe – foi duro mas aprendeu-  que não existem homens imbatíveis. Que a queda é pra todos, a alavanca que impulsiona o que se levanta a Deus pertence e a todos ele dá. Basta saber chorar muito, saber se ajoelhar.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

SOBRE OS FANÁTICOS





O fanático não o que gosta muito, mas o que gosta errado, segue errado, interpreta errado. Mesmo que o objeto ou pessoa que admira seja merecedor de sua admiração, isso não muda nada. O fanático esta errado mesmo quando em princípio tem razão. Porque quem tem por convicções ideias que não admitem o contrário, já começa por errar, já começou um começo errado; e se acertar no fim, não foi acerto, foi acaso.
Claro que existem princípios que não se discutem, que devem ser intocáveis; mas estes não estão em debates, só na cabeça dos fanáticos. Desconfio que os fanáticos não são sequer gostadores das coisas ou pessoas objetos de sua aparente admiração. O fanático gosta de sua ignorância que vira soberba e portanto, não lhe faz pensar nem por nada em questão. Pensa: estou certo em absoluto e tudo que for contrário a mim, errado, por definição. É típico deles o sorrisinho idiota que simula uma superioridade que não tem. Que é fraqueza ou ausência total de argumentação. Quando não usam outro expediente mais idiota que é repetir o que você acabou de dizer, em tom estupefacto, querendo com a mera repetição (de maneira ridícula, em tom burlesco e farsesco) ridicularizar o contrário.
O  fanático nunca contesta com argumentos comuns a todos, nunca. Ele recorre aos seus pontos de vista, baseado no que ele acredita. Se um ateu discute com um religioso é comum este recorrer à bíblia e dizer: esta na bíblia! Na cabeça de um fanático a bíblia não pode ser contestado nem sequer por quem não acredita em Deus. Deixo claro que os fanáticos podem ser ateus ou não; podem ser vascaínos ou flamenguistas; veados ou heterossexuais, porque, como disse acima, não importa a razão para eles, importa estarem seguros, não por nada em questão, não pensar.

O fanático não é nunca inteligente e sempre arrogante. Tem frases que o identificam ou mais que isso, o entregam. Possui alcaguetes mentais, frases feitas, ideias que não são isso porque é pura repetição de alguém que poderia até estar certo em sua formulação primeira. O fanático não tem pessoas as quais admira com amor mas sem perder a perspectiva do possível erro ou do erro total em que caem todas as pessoas, mesmo os gênios, mesmo os santos. O fanático não vislumbra a tênue linha divisória entre o que é argumento e o que é fato. Lança mão de um como  se fora o outro e depois  coloca tudo na conta do gostar. Gostar e preferir é o reino encantado dos fanáticos. Ele não entende (ou é mais cômodo assim) que nem tudo está na esfera das preferências, que há fatos, que há dados. Que eu posso até achar (e isso  é problema meu) que o sol é frio, mas que o isso não fará o sol menos escaldante. Qualquer discussão tem respeitar a lógica de princípio básico que é a lógica ter um valor total e não poder ser  relativizada tornando apenas coadjuvante e não estrela. Se não se aceita o argumento deve-se rebatê-lo com outro argumento e não com uma posição particular, que mesmo estando certa não pode estar pela razão errada, a de ser minha razão pessoal. Sugiro aos fanáticos que parem de citar a bíblia para encerrar discussões porque isso é ridículo. Essa papagaiada de “está na bíblia” só funciona para o fanático empedernido. Quem não pode entender que há os certos e os errados de hoje que invertem os papéis amanhã, não e mais nem menos que um fanático.

domingo, 25 de janeiro de 2015

QUANDO PERDI O MEDO





Eis-me aqui! venho só e trago a lança na mão. Estou só e minhas mãos tremem como eu pensara não mais tremerem quando lutei sonolento e perfuraram minha cabeça com brocas. Não doeu, é verdade, mas me deixou uma cicatriz menor que a dos meus peitos, tão pequena que nem vista é. Mas ai dos que pensam que só o que se vê existe. Ai desses que julgam pelos sorrisos e choros que se choram nas praças, dos amores de Romeus, nas casas dos ricos, na forma que se impõem o que se nos é imposto. Setenta mulheres amadas que se fossem, duas fortunas e meia perdidas no jogo, trezentas cirurgias para amenizar meu mal, seriam suportáveis. A dor que me fustiga não tirou meu bom humor. Não gosto desse papo de dor, sobre tudo com essa palavra horrenda "fustiga", mas é dor, lateja. Não cossa, não inflama, mas é dor. Dói.
Coitado dos homens totais (já fui um) eles não sabem a dor de se ver só. De se ver com lança na mão mas sem atinar para que serve. Um combatente que não vê diferença entre o que ganham e os mortos; entre os que riem e choram, entre os de entre e os extremos.
O que me resta é essa lança sem sentido e medonha, um restinho de fúria, um esgar de medo.
Medo, ah o medo, tinha-o e desprezava-o... como fui idiota! Hoje, sem medo e sem gracejar com a vida eterna (essa me basta) sinto que o que havia de medo ficou para o passado. Medo tenho de dor física, não mais de ser enterrado.