sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

UMA SINGELA HOMENAGEM AO "O VELHO E O MAR"




Eu vivi a febre dos poetas, o erro dos que amam, o sonho das madrugadas. As dores dos hospitais e as orgias que todos negam. Não cansei de viver, é bom que eu diga, roerei o osso até o fim. Mas deve o pescador deve dizer dos peixes mas nunca viver dos pescados. Lembrar que sempre haverá um outro a pescar amanhã, que sendo menor que os de antanho o dignificam tanto por ser a força despendida a que foi capaz na vez primeira e que não pode ser repetida, mas que é o máximo que pode agora, é o máximo que extrai da vida. Estar vivo é saber que pescar peixes menores faz parte da vida. Mas nunca esquecer que deve usar toda a força pra segurar o anzol. Não a que se tinha jovem e arrancava as entranhas do peixe. Mas a força lenta e paciente que vai  machucando-o por dentro, minando-o, até o dia em que der. Até que o peixe vença a gente.

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