quarta-feira, 3 de abril de 2013

TERMINO COM SHAKESPEARE


Eu cismo com os que são perfeitos, os que são corretos, os que afiançam ou se fiam em algo ou alguém. Os que são sem fúria, os que amam tudo, os que comem tudo sem achar nada insípido ou salgado demais.

 

Eu topo com os poetas loucos, com macumba, com topa comigo, seja ateu, veado ou santo.

 

Um tanto gosto de pontes e de filhos, putas sinceras, as que sabem mentir.

Gosto do que é sem exterior, o que é sem reboco, sem casca, ou coisa que esconda a essência daquilo que é.

 

Tenho por Judas carinho e respeito, tenho por bichas carinho e respeito, por Lula nojo e desprezo.
 rio com as mesmas piadas rasas que me fazem gargalhar, com os velhos livros mofados e com um velho e perene medo de tudo que refute a poesia. Não, querida, não quero que chores por mim, eu não valho. Desconfio dos homens bons, dos maus e dos médios, porque sou os três e ainda um quarto.Oculto. Esse eu não sei se é bom, não sei se certo, e brinca de madrugada e escarnece do sol.


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