sábado, 4 de abril de 2015

PELÉ, O SOBERBO.




Certa vez Romário falou que Pelé calado era um poeta. Romário acertou na mosca. Perguntado sobre a possibilidade de ser alcançado ou superado por Neymar, ele, com a modéstia que ficaria feia em um Shakespeare, em Newton, em qualquer um, sai-se com essa: mesmo que façam mais gols que eu a fábrica fechou (se referindo aos seus pais) quer dizer: se o cara o superar dentro de campo, não poderá ser melhor pela razão de não ser filho dos pais de Pelé. Pelé é o melhor até o dia que aparecer um que lhe supere. Há sim, a possibilidade real, embora remota, de Neymar vir a superá-lo. Neymar jogará (salvo alguma contusão ou problema de saúde) três copas, uns 14 anos de futebol e já tem um curriculum espetacular. Messi, Cristiano Ronaldo, serão facilmente superados. Romário foi um astro e herói meu, terminou a carreira com 41 anos e 56 gols na seleção. Neymar tem 23 anos e 43 gols na seleção. Tem mais de 200 gols. Se jogar até a idade que Romário jogou passará de 1000 gols.

VASCO DA GAMA


quinta-feira, 19 de março de 2015

O AMOR E A MORTE


















Minha irmã liga e pede para eu baixar umas músicas que tratam direta ou indiretamente  de pai. Minha irmã anda preocupada com a idade de velho. Ele tem saúde e vitalidade incomum para seus quase 70 anos. Ele viverá anos e passará dos cem. Mas o que aflige minha irmã? a morte. Não há amor que não seja isso: medo da morte. Amar é sobretudo temer a morte. Amar e ter medo da morte. Amar é saber que um dia poderá se carregar meu pai. Mas como poderemos ? o peso dele é insuportável, o peso dele é algo que tememos carregar. O peso dele sobre o que ele abrange é devastador. "mas que seu filho eu fiquei seu fã" o verso é bom mas não diz tudo, embora eu saiba que nenhum verso diria tudo sobre o medo de minha irmã de perder meu pai. Não seria perder um pai, seria perder o refúgio que se busca no medo quando se tem com que se proteger. Um dia, se eu tanto viver e ela também, teremos de olhar a vida morta, a vida sem vida, teremos de dizer (aiiiiiiiiii) adeus a seu Luiz. O amor é triste, o amor é crepúsculo, o amor é duro.

A vida é composta de sons e imagens, de outras coisas mais ou menos que ficam na lembrança. A vida é foda!

Tá certo, o velho não é peru, morrerá quando chegar seu dia. Mas e dai? o que assusta é que haverá o dia. Isso corta a alma de minha irmã e a minha. É forte , saudável e poeta, meu velho, mas chegará o dia. O dia em que não acordará como acordaremos? ao não ouvir seus berros que outro som nos fará menos tristes? Onde sentiremos seu cheiro que impregnou tudo? Com quem se consolar que possa sentir  tanto quanto nós?

Então esqueçamos isso, irmã, e celebremos a vida dele. Celebremos a chatice e o estar-certo-sempre. Celebremos os chiliques, celebremos nosso pai. Nosso pai! Façamos o que podemos por ele em vida. O que podemos fazer por ele em vida é isso de agora, dizer que o amamos, amar esse amor desmedido e desprotegido.

O tempo levará ele, você e eu. Não se sabe para que serve o amor. Talvez seja para isso: temer a morte de um pai vivo. Amar tanto um pai que se tem medo de sofrer. Se ele for primeiro que nós, irmã minha, só você sentirá o que sinto, só eu sentirei sua dor. Será como se a vida ficasse mais dura, será como um  buraco negro, será como um deserto em  meio a desertos, só restará "aquela mesa"; só restará "o brilho dos olhos dele"; Só restará a lembrança do jogador mulherengo e responsável. Eu disse "só" mas é muito. Toda a riqueza do mundo não pode com o amor devotado por nós a nosso pai.

O tempo destrói tudo menos o que foi um poeta. No dia que ele for saudade a própria saudade sentira remorso e talvez o nosso choro faça a morte menos fria. Não digo que comova a morte a morte de meu pai, digo que lhe faça perceber (ainda que por fração de segundo) o que é o amor e o que ele pode.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ATÉ QUE MAIS NÃO SEJA.




Você me diz coisas dura e tristes sobre minha frieza e eu choro e não dou-te a perceber que o faço. Eu respeito tuas dores e as entendo. São dores humanas, de fundo, de dentro. Não são maiores que as minhas nem de somemos importância. Doem, só isso, e isso é  bastante. Ai você me diz que se enganou por achar que um poeta deveria sentir mais, ser menos burro sentimentalmente. Eu não sou poeta, minha amiga. Nunca fui. Uma vez vi um pai segurando sua filhinha e fazendo exercícios para que seus músculos (ela quase não os tinha) não atrofiassem de tudo. Não achei nada de comovente nisso. Ai ele disse: "Eu creio em Deus, só não sei qual a razão de minha filha ser assim". As coisas só existem depois que eu as sinto ditas ou escritas. Sou um ignorante emocionalmente. Não sou frio. Não sou mau. Não sou poeta. As palavras do pai da menina inerte me furam a alma. A menina em si, não. Não sei o que quero dizer nem como fazê-lo, sei que não sou só instinto. Sou do abraço e de paz também. As palavras me encarceram. Não tenho muito a dizer - não tive nunca e agora menos ainda- sigo igual, porém mais calado. Não sei como  t e confortar, não posso te dar mais do que tenho - quem pode?- se queres, como disseste, apenas um  abraço e quem te ouça, estou aqui. Não morri, nunca morrerei de tudo enquanto vivo. Embora com menos sorrisos e choros, ainda sangro e retenho. Sempre será assim. Até que mais não seja.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

MEU BLOG TÁ COM MAL DE PARKINSON

O pt ACABOU.







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Como o mundo não começou hoje, deduz-se, seguindo o raciocínio dos petistas (raça em extinção, mas não nos iludamos, aparecerão em outros partidos, com o mesmo terno tingido, e que vê um mundo melhor para o ser humano com o socialismo buarqueano) que ninguém é culpado de nada, o culpado é quem veio antes. Mas sejamos simplórios como os petistas e esquerdistas, FHC não foi o primeiro presidente brasileiro, e nem Collor, nem... bem, quem foi o primeiro presidente do Brasil? vou chutar: Theodoro da Fonseca. Agora vou conferir no google. Acertei! errei na grafia, o correto é Deodoro da Fonseca. É ele o culpado pelo aumento da energia (uma absurdo!) do roubo na petrobras e por tudo que há de errado no Brasil ( o certo, todo mundo sabe, foi o pt quem fez) Deodoro pode argumentar (no que escrevo mortos argumentam) que houveram outros antes deles e os outros antes deles tiveram antecessores outros antes deles, e a assim retroagimos até o princípio. O único ser que não veio depois de ninguém (e portanto não pode culpar antecessor) é Deus. Então é isso: o pt não tem culpa de nada, o culpado é Deus.









sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

UMA SINGELA HOMENAGEM AO "O VELHO E O MAR"




Eu vivi a febre dos poetas, o erro dos que amam, o sonho das madrugadas. As dores dos hospitais e as orgias que todos negam. Não cansei de viver, é bom que eu diga, roerei o osso até o fim. Mas deve o pescador deve dizer dos peixes mas nunca viver dos pescados. Lembrar que sempre haverá um outro a pescar amanhã, que sendo menor que os de antanho o dignificam tanto por ser a força despendida a que foi capaz na vez primeira e que não pode ser repetida, mas que é o máximo que pode agora, é o máximo que extrai da vida. Estar vivo é saber que pescar peixes menores faz parte da vida. Mas nunca esquecer que deve usar toda a força pra segurar o anzol. Não a que se tinha jovem e arrancava as entranhas do peixe. Mas a força lenta e paciente que vai  machucando-o por dentro, minando-o, até o dia em que der. Até que o peixe vença a gente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

AGORA NO DIA CERTO






Se só vale no dia, no dia faço valer.
Se é preciso (preciso sempre há de ser)
que eu reitere meu carinho por você no dia exato de teu aniversário, faço-o, mas não sem prazer.
A quem meu carinho é sincero, a quem acolho no coração... isso já é mais do mesmo, Luluzinha, isso já remete ao que tanto te escrevi. Releve a falta de assunto e o mesmo modo de sempre dizer "te amo".

Mas existe modo novo de se expressar o que sempre existiu e foi dito antes por todos, dos poetas altos, aos bêbados , os dementes e os que perderam a razão em função de sua devoção a racionalidade.
Tudo bem, Luluzinha, esse texto tá parecendo coisa de quem não tem o que dizer ou quem gastou  o assunto dezessete dias atrás.
Mas dezessete fossem seus aniversários eu não teria a acrescentar mais que o que venho dizendo nos anos após te conhecer.
Aprendi com o que li, com os os hospitais, aprendi nas lutas e nos medos. Aprendi com padres e com ateus sinceros, aprendi com erros e muito com o frio; aprendi com risos e muito com Caetano; Aprendi a amar homens, a engolir choro, a suportar alegrias extravagantes; aprendi mais em 2014; aprendi muito com Olavo de Carvalho, com minha irmã; Aprendi sobre o respeito e o quanto deve-se respeitar solos sagradas (igrejas e a casa de meu pai) aprendi a resignar-me; Aprendi com as brocas, e muita coisa ainda aprenderei. Mas de você aprendi como se deve aprender. Tem a maneira certa de aprender as coisas. Aprender e apreender o que for bom. Até o mal deve ser "bem aprendido" para não ser usado, para nunca ser saída.

Parabéns, professora Luluzinha!

Continua aprendendo com Pedro e com Ester, depois tu me ensina.

Te amo!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

DEZESSETE DIAS ANTES



Aqui dentro de mim tem um torcer por ti. Um querer que sejas feliz e isso dure até teu fim. Aqui dentro de mim mora um que te ama e te deve o que não pode mensurar. Que te tem obediência, que tem por você respeito cuja força não pode conquistar. A força pode  o medo, não o amor. O amor de uma amizade que nunca vai se acabar. E não diga "nunca" ser muito tempo, não sou eterno evai se acabar nossa amizade; Mas isso só quando eu morrer, quando não for mais eu, quando nem tiver gostos, nem vontades. Minha vontade é te abraçar, te dizer: felicidades. Não abraçar fisicamente, que é chato, cansativo e não traz verdades. Um abraçar com a alma, um abraço de um amigo.
Quando não havia ninguém houve você e seu marido. Houve quem não me virasse a cara (e não culpo a quem o fez. O que tive foi e é merecido) todos não viram no morto mais que  o cadáver, você viu no morto coisas não mortas de tudo.
Aqui dentro de mim mora um poeta e um demônio;  Um ateu e um beato; um doce e um salgado. Mas saiba que mesmo no lado negro da coisa, mesmo no pior de mim, há o respeito e admiração por ti.
Aqui, onde só eu sei as coisas que doem e as que fazem viver, tem as minhas escolhas e entre elas você.
Com dezessete dias de antecipação venho te dizer: PARABÉNS AMIGA, AMO MUITO VOCÊ!

ANDERSON SILVA DE VOLTA AO MEU CORAÇÃO





Aí é quando choro, me  despeço de minhas mesquinharias. É quando um gigante cai e sabe que não existem gigantes. Descobre pela dor o que poderia ter descoberto antes. Anderson Silva vence, caí, chora.  Anderson Silva voltou ao meu afeto, ao meu coração. De nada mudou quando desgostei dele nem para ele nem para mim, mas devo dizer que sou poeta e sei admirar.  Com olhos de poeta, de quem ama só por amar.
Ao cair no chão e chorar sem pudor, ele retorna ao grupo dos que amo. Sabe – foi duro mas aprendeu-  que não existem homens imbatíveis. Que a queda é pra todos, a alavanca que impulsiona o que se levanta a Deus pertence e a todos ele dá. Basta saber chorar muito, saber se ajoelhar.