sábado, 14 de setembro de 2013

CUIDO




Não é por nada não, mas se eu descobrir o motivo de ser mais importante coisas que são ditas importantes em comparação com coisas que considero importantes, eu me conformo. Tem coisas de alta cultura que eu até alcanço, mas tem umas tantas... Os que seguem o meu blog, ou seja: os que não existem, sabem que me arvoro a críticas literárias. E daí? daí que você não tem cultura para tal, diria um leitor, se o tivesse (leitor). Não estaria errado basicamente, mas estaria no conjunto. Mas que conjunto se só há uma afirmação, e ela é clara e límpida: no lugar de crítica literária deveria ler mais. Ficaria do lado de quem diz, mas quem diz é brasileiro. Brasileiro não tem critérios para discernir um gato de um tigre (são felinos. dirão). Quando alguém diz um disparate, sendo especialista em determinado assunto, se diz: Foi fulano quem falou! Não se discute o que falou mas o fato de ter falado. Isso tudo para dizer que poesia concreta é uma merda. Que Lobão está certo com relação a semana de arte moderna (certo em sentido maior e mais amplo que o que quem o vê falando da "semana..." alcança. Caetano Veloso se comportou como um rematado imbecil naquela coisa asquerosa de posar para fotos como um Black bloc. Olavo de Carvalho está com um livro que ainda não li mas adorei. O supremo está em cheque e junto vai toda a justiça brasileira. Os comentários do blog do Reinaldo Azevedo são absurdamente estúpidos, ele é foda, mas só ele. Ivete Sangalo é gostossíma, boa praça, só falta cantar. Bem, não há muito novo sob o sol. Eu, pra variar, escrevendo merda. O oriente esperando guerra. Nordestino, chuva. vascaíno: ganhar três partidas seguidas. A coisa que mais caracteriza nossa espécie é a esperança. Quarenta milhões de chances de errar e o cara ainda joga na megasena. Mas tem muito o que se admirar no mundo, cuido disso agora. Cuido porque não vou mudar nada e tudo passará sem mim e isso é duro. Vou cuidar do belo que do feio cuida o cão. Cuido de novo que sempre é novo mesmo se repetindo no tempo. Cuido do amor aos meus amigos e a parentes nessa caminhada que leva a não sei onde, mostrando as flores no caminho. Cuido de não ser frio com nada e sentir a dor no rosto do outro. Cuido de me ter alerta para o mal que há em mim (gigantesco)  para que eu não queira recompensa em vida futura e seja honesto comigo e com a vida. Cuidar em não se esquecer que o dia tem aurora e crepúsculo e ambos são do mesmo material. Cuidar de amar mas também não ferir. Cuidar em olhar a madrugada e nunca esquecer que a lua, como meu filho, foram presentes imerecidos.  Cuidar em respeitar o diferente. Diferente não estúpido. Cuidar de minhas coisas e descuidar de excessos nos cuidados. Ir de prumo reto, em frente e só. Ter aqui guardado a linda melodia de vento em noite. Ter pena de nada. Compaixão por o que precise, dureza para amaciar os crespos.
E vou levando os dias com quase certeza de que preciso trilhar o caminho e que ele é qualquer um. Mas que tenha comigo o olhar pra os outros como um judeu ensinou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário