quarta-feira, 7 de agosto de 2013

NÃO ACABA






Não acaba, não vai acabar! o que aprendi com meu baiano: amar, amar e amar.
A ser doce e olhar os homens vendo neles o que há: dor, saudade, poesia. Sem vergonha de chorar.
Eu não escapo de me emocionar quando escrevo. Vim parabenizar ao Caêtas pelo aniversário e pela capacidade de ser quem me mostrou, sendo ateu, a mais bela frase sobre Jesus. De dizer as minhas palavras quando não as tive, sobre filme do Glauber. De agradecer pela vez que chorou despudoradamente quando morreu Tom Jobim, e pela vez em que chorou sorrindo quando morreu Michael. Tenho que dizer que não é idolatria, é amor. Tenho que dizer que não amo-o por qualidades totais, mas por todos os defeitos afogados por elas.
O baiano disse, numa canção, que se um dia aprendesse a cantar bonito muito seria por causa de uma irmã sua. Por tempo tenho comigo que o que aprendi com o leãozinho é da mesma espécie, ou da mesma força. E força dele é de explodir no tempo seu canto infinito, solitário, só dentro da solidão, como disse Décio Pignatari.
Caetano é o menino de 71 anos. Caetano é mais que o que posso ao escrever. No teu aniversário te desejo muita vida, te beijo com amor. Te beijo com carinho, te beijo sem vergonha de amar um homem e disso poder me orgulhar. Você me ensinou, baianinho a beijar homens sem  nada a justificar. Me ensinou que tudo o que sei não vale um caminho sob o sol. Me ensinou, mestre que é, que mais que o tempo ninguém ensina, mais que o amor ninguém pode, mais que a poesia ninguém é.

Um comentário:

  1. Gosto muito de te ver, meu vatinho
    Caminhando sob o sol
    Gosto muito de você, meu vatinho

    Para desentristecer, meu vatinho
    O meu coração tão só
    Basta eu encontrar você no caminho...

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