quinta-feira, 8 de março de 2012

O MEU DEUS




























O meu Deus não é meu, nem de religiões, nem de infernos ou adorações. Isso é javé, e ele tem minha simpatia menor que a dispensada ao cão, menor que o desprezo.
Que meu Deus é outro fique claro, como é preciso separar o que fica à direita dos da esquerda em uma organização visual. 
Tem pouco do javé, jeová, da bíblia ou tora, nada que o desmereça nesse parecer.
è diferente de o que minha irmã chama deus (assim mesmo, sem maiúscula) em tudo, até em ser bom. 
Meu Deus não mata nem manda matar, nem diria uma coisa como está:


Êxodo 20:5. Não se prostre diante desses deuses, nem sirva a eles, porque eu, Javé seu Deus, sou um Deus ciumento: quando me odeiam, castigo a culpa dos pais nos filhos, netos e bisnetos




Só há três tipos de defensores de javé, os que nunca leram a bíblia (quase todos) os que são suficientemente idiotas para, tendo lido, acreditar que o deus do antigo testamento era melhor que satanás, e os que ganham com os idiotas que pertencem ao segundo grupo.


O meu Deus não me cura de doenças, nem me dá recados, nem conversa comigo, nem me dá dinheiro, e , ora vejam, creio nele ainda, apesar de ser chamado de ateu. Ele não me faz comovido com músicas medíocres, nem o chamo "senhor dos exércitos", muito menos me dará vitórias financeiras", nem fica o tempo todo me dizendo o que fazer. O Deus em que creio não pede sacrifícios, nem segrega mulheres, nem permite escravidão, muito menos morticínio e pragas. Ele não é Deus de lugares, nem de povos, jamais mataria uma criança, e o pai de Jesus, e é tal qual o nazareno, bom e manso, igualitário e misericordioso. 


Me impressiona a fé baseada em milagres, em resultados imediatos, em facilidades. Um ateu creria em um Deus que a toda hora mandasse recados, fizesse milagres, mostrasse estar ali. Diferentemente desses que se dizem crentes e me acham ateu, eu não vejo o milagre, não vivi até hoje nada que não fosse real, provável, comezinho. Nunca conversei com ele, nunca o tive íntimo. Nunca houve nenhum tipo de materialidade que me fizesse inclinar para nada transcendental. Não espero dele grandes intervenções. Seria razoável crer em coisas mais consistentes e físicas? Não! só um chapado idiota pensa assim. As coisas físicas não requerem crença. Bastam os  sentidos. Não creio em carros, nem em paredes, sou atropelado por um e o outro me restringe. Se não cuidar em passar no sinal fechado, minha convicção da não existência do carro me será letal, e  sua realidade se imporá ao meu pensamento.


Por qual motivo haveria Deus de se mostrar poderoso? por qual estranha e mesquinha razão, mataria crianças, permitiria e ditaria regras para a escravidão? segregaria a mulher? pediria sacrifícios humanos e animais?
seria vaidoso e cheio de melindres?


Não, Deus me é presente no que tem de bom, não no que tem de físico, no que a poesia pode, não no que pode a guerra. Já o tenho em mim, não o quero ver. Mas se não o vejo? ora, pois não! todo dia, na luz da manhã em uma   poesia. Em um lindo cantar, em um sorriso guardado na lembrança. Em coisas que amo e sei-las boas. No belo de   morrer a cada dia, pensando ser no outro o fim  de minha   vida. 


O meu Deus é o pai de Jesus. Não é mais nem menos que isso: A VERDADE, O  CAMINHO E A VIDA.

2 comentários:

  1. Wellington,


    Claríssima profissão de Fé. Quantos e quantos cristão achavam o mesmo que vc, até o século III, sobretudo. Foram os perdedores na história do cristianismo oficial. Eram chamados Gnósticos. Para eles, Javé nunca foi o Pai de Jesus: o Pai o enviou também para que transcendessem a estreita visão de Javé, que eles também chamavam de Anjo Cego, "Samael", também um Anjo Caído, co-aliado de Lúcifer, "O Príncipe deste Mundo". Este é um dos Cristianismos abafado pela história das Igrejas. Nada de Antigo Testamento para estes Gnósticos: somente o Novo. Javé e Satanás mostram quão parceiros são em Jó. E Javé mostra que passa muito bem sem Satanás, fazendo-lhe o papel de Anjo destruidor em todo o Levítico, Deuteronômio, Reis I e II. Nem precisaria de um "adversário", já que cumpre a função do mesmo com igual (im)perícia.



    Abração!

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  2. Wellington,


    Eu sei que vc defende a função social dos advogados, e eu entendo isso. Mas, talvez, a visão desse Deus Bufão e Imoral é que permita ao ex-Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, escolher tantos sujeitos inescrupulosos pra defender: Paulo Maluf, Igor Ferreira, Roger Abdelmassih, Carlinhos Cachoeira, e tantos do mesmo naipe, e me sair com essa: "Gosto de desafios. Julgamentos morais deixo para a majestosa vingança de Deus". Sabemos de qual Deus ele fala, por vc denominado Bufão. Como sabemos a que de$afio ele tenta fazer justiça.






    Outro abraço!

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