terça-feira, 31 de janeiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

À JUSTIÇA!





EU SEMPRE DISSE QUE HAVIA DOIS BRASIS, UM O DO PT E LULA O OUTRO REAL, O DO SUS. SEMANA PASSADA TIVE A PROVA DE MINHA ACERTADA VISÃO. TALVEZ PORQUE EU LEIA MAIS DO QUE OS 80% DOS IMBECIS QUE VOTAM EM LULA, OU QUEM SABE NÃO SEJA TÃO RETARDADO COMO ELES.

O SUS ME NEGOU A CIRURGIA QUE VOU FAZER COM UMA ALEGAÇÃO DIVINA: OS ELETRODOS NÃO ESTÃO NA  LISTA. QUE LISTA?  DEUS SABERÁ. POSSO TENTAR DESCOBRIR. SERIA A LISTA QUE O LULA TINHA EM MÃOS QUANDO LOTEOU A ANVISA E A FUNASA PARA SUA LISTA DE LADRÕES?





segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DESCANSE EM PAZ, DAMA DAS CAMÉLIAS.

MINHA AVÓ JÁ ESTAVA DOENTE QUANDO COLOQUEI ESSA MÚSICA. ELA GOSTOU E VI NO SEU  OLHAR UMA NOSTALGIA DOCE. ESSA CANÇÃO ERA DA MOCIDADE DELA.
BRIGAMOS MUITO, MAS NUNCA, NUNCA, NUNCA, NUNCA, DEIXAREMOS DE SER O QUE SOMOS.
VOCÊ SERÁ SEMPRE A QUINTA DA BOA VISTA.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O SEMEADOR DE SORRISOS





EU RACHO MAS NÃO QUEBRO.

EU TRINCO MAS NÃO ESTILHAÇO.

EU FENDO MAS NÃO ABRO.

EU TOMBO MAS NÃO CAIO.

GIRO NO AR,  CAIO EM PÉ.

DOU-TE O  MOTE, GUARDO A RIMA.

ME VÊS EMBAIXO, EU TÔ POR CIMA.

EU NÃO MORRO, NÃO ESFRIO,

EU ENGULHO, ENGULO A DOR.

BEBO O SECO DO VINHO MAS COM PAPILAS DOCES.

QUANDO ME QUISER FORA, VOLTO POR DENTRO.

QUANDO DENTRO, MARGEIO.

LEVANTO, ERGO, E SE QUISER  CAIO DE NOVO.

ISSO É APRENDIDO COM MESTRES JÁ MORTOS:

NA QUEDA O BOM  É O LEVANTE.

NA DURA EU AMOLEÇO; 

MAS SEI ILUMINAR E ESCURECER,


FAZER SOL NO BECO, ESCURECER O QUE OFUSCA.


ME CHAME COMO QUEIRA, OU  WELL, OU VATE.

ME CHAME TUDO: PILANTRA, INESQUECÍVEL, MENTIROSO, MEDONHO  E O BOM OU MAL QUE ACHARES NO QUE TE  POSSA ME DEFINIR COM PALAVRAS.

MAS ME DEFINIR USANDO PALAVRAS DIMINUE OU EXPANDE O QUE SOU E O QUE POSSO.

SABE O QUE SOU?

SOU UM SEMEADOR.

UM SEMEADOR DE SORRISOS.

domingo, 25 de dezembro de 2011

MARCELO NOVAES







O nome deste blog é este de acima por ser uma qualidade minha  (são  essa e umas duas, o resto é defeito) saber admirar. Esse poema me causa admiração. A coisa mais idiota que se pode dizer de uma obra de arte é o tal: "EU GOSTARIA DE TER FEITO". Eu não gostaria de ter escrito este poema, como não gostaria de ser outra pessoa. A admiração é o reconhecimento das qualidades alheias, não o de suas impossibilidades. Sei o limite do que posso, sei o que posso ser com isto, sei onde amar o belo preto sem perder no branco as belezas que tem. Mas nunca procurar no branco a  beleza do preto ou o que possa remeter ao azul. Admirar é um saber que vale muito, mas não é só elogiar. Ao contrário, muito ao contrário. Adimirar é, antes, dizer : odeio! renego! detesto!  se o objeto é contrário ao que sinto pelo que julgo belo. Marcelo Novaes não gosta de comparar, eu só vejo o mundo pela visão de comparação. Ele tem suas verdades, eu as minhas. Seguramente ele não conhece nada de futebol, comparado comigo, claro. Não sei das coisas que ele gosta, nem estou aqui para bajular ninguém. Menos ainda para posar de crítico e imparcial. Não tenho nem leitura nem sou imparcial para ser critico. Sou um cara que não estudou, mas, como Caetano, eu sei o que é bom. Considero Marcelo meu amigo, até hoje não tive motivos para desconsiderar, espero nunca tê-los, mas que tivesse, nada mudaria. Sou um admirador. O que vai abaixo está aqui por eu considerar belo. Sou um admirador. Enquanto houver poetas e poemas para admirar, lá estarei. Admirando como quem segue procissão de Maria. como quem viu Romário jogando ou a cadela grávida na ponte. como vi meu pai embaralhando baralho, meu filho sorrindo, minha amiga-mãe, lu, mme contando sua dor de mãe, o beijo no filme do glauber, o sertão de João (o rosa), e muitas coisas mais, tão ditas e repisadas, sempre as repito. Sou um admirador. Admirador e mais nada.


O FOGO DA SEGUNDA HORA

MARCELO NOVAES


Um recitativo para a Páscoa.








Lá fora faz-se um fogo
novo [o Fogo da Segunda
Hora], que purifica antigas
sínteses, desestabiliza o que
se tornou triste e lava [como
que em água corrente] o coração
que sofre [os desvios os entraves
as serpentes], e deixa ficar o que é
suave.





[A hora de sorrir como filho
da vida e celebrar a Vinda
do Filho].





Aquele [fogo] que mostra [na
foto, dentro da moldura] onde
está tua mão [e a mão de quem
ela segura].





Hora de ensinar a ouvir [a que tem
ouvido] e, a quem tem fome, a pescar
[plantar e amassar o trigo, fazendo o
pão que se come].





Hora de se lembrar de Míram [mãe
de um bebê, e chorar de alegria pelo
nascimento], bendizer a gravidez e o
ritmo [e redescobrir a nona sinfonia
dentro do próprio ouvido].





Considerar que a consideração é fruto
bendito, de saber conjugar o verbo
iridescer [e reconhecer que a alma é
filamento a aquecer salas e aposentos].





Amarrar os cardarços para não cair [nem
tropeçar] nos próprios pés, hora de acender
o candelabro de sete braços, anunciar ventos
e marés [redescobrindo a bússola, o astrolábio,
a direção da Ursa Maior e do que é maior
que a Ursa].





Hora de parar de urrar de dor e ouvir a música
que canta por entre palmas brancas [e nas contas
dos rosários nas mãos das senhoras portuguesas].





Propiciar um intervalo às guerras [que seja um
epílogo ao espetáculo de fabricar inimigo].





Hora de esquecer cor e partido, compartilhar
pão e vinho, perfumes e óleos [e uma vintena
de livros].





Hora de ensinar a quem tem fome a plantar o
trigo [e recolher o trigo] e distribuir o trigo que
ninguém come [hora de acabar com o desperdício].





Hora de aproximar católicos e protestantes de
muçulmanos e budistas, ou daqueles que [mais
do que simplesmente] entenderam o recado de
Sócrates [de viver e morrer dignamente].





Hora de realimentar a lâmpada [com novo
azeite],





levantar a taça e brindar a vida [que graça
de graça sobre as impiedades expostas nas
praças dessas cidades].





Hora de trocar a lâmpada da sala-de-estar
por outra mais forte [de cem watts], de
descobrir a linha perdida da Sagrada
Escritura [aquela que é mal lembrada
e ninguém diz, pois esta é a mais
sagrada].





Olhar o fogo como Espírito Santo, aliado e
parceiro [soldado enfileirado ao lado da
cabeceira do quarto]; hora de ser mais
que hóspede no Templo Sagrado.





Aparar bigodes [afiar as navalhas,
para cortar qualquer pose de Lord
ou Czar], saber que somos todos do
mesmo molde [e pisamos um só lugar:
essa mesma terra de onde brotam as
mesmas fontes, onde não há espaço
para gangues e uniformes que servem
para afastar].





Hora das Vésperas [de recitar salmos e
sutras], de dobrar os joelhos, de santificar
o bem que pode advir de um acidente ou
dos erros, quando reconhecidos.





Hora de pedir um abraço denso ao irmão
[primo forasteiro inimigo], e de recobrir
antigas febres com atos gentis [e
posicionamentos célebres].





Hora de considerar que a fauna e flora
são nossas irmãs, de desimantar os ímãs
que agregaram limalhas [farpas, fiapos de
ferro enegrecido] e a falsa impressão de que
[ainda] somos canalhas.





Hora de esquecer a confusão e fazer calar o
que foi predito pela gralha [hora de reler
Edgar Alan Poe sem sobressalto, medo
ou antecipação].





Hora de realinhar a luz a um novo ângulo
de caminhada [não deixar que o fio de prumo
se incline mais do que quarenta e cinco graus
do que seria o rumo de Nosso Senhor, ou do
que é mais santo e justo].




Hora de aquilatar a fertilidade do húmus
e a beleza de seguir em paz pro túmulo,
sem fazer alarde.





Hora de reconhecer a prosa na poesia [e a poesia
na prosa], de acarinhar o ritmo das palavras em
direção ao que seja mais verdadeiro e íntimo,
de ver o que só viu o solitário [de garimpar o
diamante no meio do cascalho], de consultar o
dicionário [e acrescentar uma palavra sua, que
seja só uma ou uma só].






Hora de salvar a matéria prima do confisco
da mercadoria [de distinguir o falso do
legítimo], de fazer por merecer o bálsamo
[e validar o bom sacrifício de sacralizar
cada ofício], de anunciar aos amigos que
podem se ver livres dos vícios.





Hora de escolher um esmalte mais claro
[de discernir o som do estampido do
champagne do disparo do rifle], de
passar tratores sobre os fuzis,
desarmar mãos jovens em
gangues [e alimentar seus
pais que são pobres].





Hora de desocupar imóveis que jazem
sós, de remover a pedra sobre a lápide
[e anunciar que o jazigo está vazio e que
Ele já vive em nós], hora de deixar de ser
adepto [para ser santo], de se despedir do
filho com um beijo depois do almoço [de
vestir o capuz dos capuchinhos, as sandálias
de São Francisco, de esperar pássaros pousarem
nos ninhos e oferecer abrigo aos que vagam no
exílio].





Hora de discernir o cerne do brilho de superfície
[o foco do fogo fátuo, a unha do esmalte, a polidez
do verdadeiro brio], hora da seiva manter aceso o
verde no topo dos galhos [e nos altos ramos dos
ciprestes].





Hora de visitar quem ora no ermo [que é bom lugar
pra se orar], de desvendar o mistério que se aloja no
centro [no fulcro] da célula [sabendo que será só um
pedaço o que saberemos], hora de mapear os genes
do DNA, de proclamar a chegada de Isabelas felizes
[em tardes tão cálidas, nas primaveras e nas entradas
das portas], sorrindo nos peitoris das janelas [hora de
esperar a larva florescer e criar asas dentro das
crisálidas].




[Isabela Nardoni]






Hora de encontrar a cura para o Mal de Parkinson, de
distinguir o que é insólito [mas bom, inaugural e não-vulgar]
do que está na norma [mas não precisava estar], hora de
deixar de acrescentar adjetivos tentando salvar velhas
sintaxes [alquebradas, com prazos vencidos, que não
mais dizem nada e nada dizem mais].





Hora de enxugar o suor de todas as horas [e saber
esperar os netos que irão chegar, se Deus quiser],
de separar joio do trigo [memória do mito, o dito
do ignorado, a voz do padre do clamor do Infinito],
hora de adorar a Deus sem intermediários [nem
ídolos].





É hora de ler bons livros [sem ninguém mandar,
descobrir se é importante - e porque -, conhecer
a biblioteca de Borges], hora de lembrar da
mirrada [e desmedida] figura de dom Hélder,
de valorizarmos pontes [de entendermos os que
sabem transitar no diálogo entre crenças sem se
perder, pois se desvencilharam das más matrizes].





É hora de conceber os votos feitos por homens de
visão, e de valorizar os grandes mestres de cada
nação, hora de se lembrar de Kabir [ao mesmo
tempo muçulmano e hindu, santo e mendigo],
é hora de conceber os estigmas de Theresa
Neumann e de São Francisco [em seus
contextos].





É hora de saber que a febre é um estágio
preliminar do convalescer, algumas vezes,
[de aplacar a IRA dos irlandeses], de considerar
a possibilidade de Ed Motta cantar canções
[folclóricas] em frente a um pomar.





Lá fora faz-se um fogo novo [o Fogo da Segunda
Hora]. Mais do que a recitação de um credo: o
despertar de um fogo novo [e de um
ânimo apto para afugentar o
medo].

SÓ ENCHO O SACO DE PAI JOAQUIM DESSA VEZ - OU JOGUEI NA MEGA SENA E NÃO SOU RETARDADO- OU A IMPOSSIBILIDADE POSSÍVEL









Bom, joguei na megasena. Sim, joguei, e daí?  Sempre achei o jogador da megasena, um idiota. Mas eu não sou. Digo a razão: O cara que sai do trabalho e vai pra fila de uma lotérica perder tempo com uma impossibilidade, não pode ser menos que um idiota. Meu pai joga na megasena, eu joguei, mas não somos idiotas. Não?! Não!
Meu pai joga porque sempre vai a lotéricas, então aproveita e joga. Eu joguei por razão ainda mais justa,  claro, toda idiotice feito por nós tem um motivo justíssimo. Mas o fato é que eu sequer joguei na megasena,  ela jogou em mim. Antes de dizer que cheguei em um ponto em que o maluco inspira cuidados, explicarei. Eu estava na oficina próximo de casa quando passou um cambista de jogo do bicho, não joguei no bicho, por um certo tédio de não ganhar, ou certo desejo de não perder, como queiram, mas comprei três raspadinhas, ele então ofereceu ao galego da oficina, uma megasena da virada, a mim não ofereceu, mas falou do valor, e aquilo foi como um chamado, senti que era a hora. Joguei. Um bilhete, que minha idiotice encontra limites de bom senso e pecuniários. Ele vende a três reais, compra por dois, ganha um. O que me fez comprar um impossilidade?
Vou explicar porque é impossível se ganhar em um jogo assim. Lá vai:
Escolho dezenas de 00 à 99, cem, portanto. Você tenta acertar, e...  , acerta!!  Fantástico! Grande sorte! Divino!
Mas...,  o sujeito tentar acertar mais cinco vezes é no mínimo uma coisa de retardado. Faça essa brincadeira em um bar ou qualquer lugar e as pessoas te acharão um pateta de grife.  Rirão de um idiota que se pretende mágico. O sujeito acertar 6 vezes um aposta em que a razão seja de um para um, já é um milagre (tente fazer, mande alguém escolher em pensamento dois números, 1 e 2, por exemplo, e tente acertar qual o número pensado, dificilmente você acertará as seis vezes) já é difícil, mas acertar quando à razão é de 1 para 100, decrescendo até 1 para 94 na última tentativa, é somente impossível!

O argumento de meu sobrinho para jogar é o mesmo de meu pai: alguém ganha, não pode ser eu?


DA IMPOSSIBILIDADE POSSÍVEL

Existem coisas impossíveis, mas não são muitas. As leis físicas, naturais, essas precisam de um Jesus para deixarem de existir. Se você soltar um maça em qualquer parte da terra, ela vai cair. É impossível ela não cair. Tendo gravidade, sem nada que a impeça de ir ao solo ela vai cair. É impossível ela não cair, não improvável, impossível. Uma coisa impossível nunca pode acontecer. Ponto. Se aconteceu, pode ser improvável, mas não é impossível.
O oximoro acima (vilge! Para os menos vocabularizados, google neles!) explica-se assim: existem coisas que podem acontecer, mas são tão raras e tão improváveis que são ditas impossíveis.  Lula agindo com decência; um grupo de pagode cantando algo que preste; Ana Paula Arósio (até o nome da peste é lindo) se apaixonar por mim, são coisas improváveis, mas que podem acontecer por razão não impossíveis. Mas razões não impossíveis não quer dizer que sejam possíveis. O sol se resfriará em 5 bilhões de anos, e isso nunca aconteceu. Não é impossível, mas será o fim de tudo. Das possibilidades e impossibilidades. então o resfriamento do sol será o possível que nunca se verificou, que quando se tornou possível, nos impossibilitou (puta que o pariu! Haja colhão para escrever tanta merda!)

Então porque tantos apostadores em um resfriamento do sol, ou de um súbito amor entre eu e Aninha? O prêmio!

R$ 170.000.000,00, vai passar de 200.000.000,00.
Isso faz a lógica virar pó. Foi por coisas assim que surgiram os macumbeiros, para te fazer achar que matemática não tem lógica, que o que conta não é  a razão ou esforço pessoal ou ter ética. Não, o que conta é ter proteção do caboclo Joaquim, da pomba-gira, ou colocar galinha na encruzilhada.

Joguei e sou um ser racional. Por isso peço a pai Joaquim, saravá, meu pai, que abra meus caminhos. Aliás, abra só essa vez. Com 200.000.000,00 na conta, eu arrombo os outros.