quarta-feira, 11 de julho de 2018

43
















É de força que eu falo. Não a dos brutos, nem guindastes, ou qualquer músculo.
Falo porque agora já não é tão fácil (mas tão bom como sempre) levar os dias, as noites e madrugadas. A luta só é boa quando há motivo, razão, medo transformado em coragem, que não existe até você não poder usar outra coisa. 
Meu filho já não cabe no meus braços, meu pai já chegou aos 70; meu passo já não é tão rápido.
Piorou? NADA PIORA!!
A vida é boa e linda: grito da\ mãe, criança vinda.
A vida é  boa e é bela: 43 verões, tantas primaveras (choveu, é verdade) mas tomei banho com a água que em alguns dão febre.
É boa a vida: singela, preguiçosa, esperança e fins.
De viver ainda não cansei.
De morrer, morro de medo.
Estou ainda aqui, aqui mais velho, mais vivido, mais vívido
Não esqueci de meus sonhos, preces e juras, e se por vezes perco a\fé, descreio de minha cura, ou abaixo a cabeça pelo peso  do ferro, é pra depois me recuperar, ir à frente.
Sim, me parabenizo sem pudor, pelos meus 43, por ser filho de quem sou; Por aguentar muita coisa que os que não passam não sabem o que é.
Estou com 43, nem sábio, nem burro; Nem santo nem capeta.
Estou mais cônscio de minha sorte e de meu azar, do que tenho de bom e o que só Jesus mudará.

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