domingo, 31 de janeiro de 2016

PARA LULA





Lula fala eu emudeço. Ele não é o cão. Ele é uma legião. De cada defeito tem ele um brasão. 
Lula não mente como recurso, como fazem os canalhas, os médios e os santos, diferindo em graus e constâncias. A mentira ele usa como remédio controlado. Ao tomar um espera-se outro. Arrogante, gábula, ignorante... bem, haveria todo um dicionário de palavras de detração para detratá-lo; Mas... o disse mais acima, me calo. Porque nada o destrói tanto quanto ele a si mesmo quando fala. Ele não sabe ser melhor que o que é, nem tenta, então deixem-no falar à mancheia. Deixem-no no que sabe:falar mentiras e merdas sobre assuntos dos mais variáveis; comparar-se a Jesus Cristo, chorar por ter nascido de uma mãe que nasceu tão desprovida de luxo que nasceu analfabeta!
Lula fala, fala homem! mostra tua pequenez em se querer gigante. Mostra teu humor brega, deselegante. Fala e compõe tua história que te fará lenda; ou numa parte do nordeste, santo. Mas és um falso santo e um verdadeiro canalha. Isso é pior do que o inferno, é menor do que nada. Veraz farsante, santo falso. Fale e que tuas palavras ecoem sempre, altissonantes. Para que pelas tuas palavras mates a ti e os que te seguirem, de modo que sejas exemplos para as gerações vindouras. Exemplo do que não se deve ser. falso exemplo ou contra-exemplo. O que se compara com o não, o reverso com lado certo. Gasta teu tempo sem pedir perdão e dizes a todos que de todos és o mais honesto. Teu tempo se acaba, pateta, e o tempo é o preço que o mal pagará por ter existido tanto tempo: ter a eternidade contra si e em comparação com ela sequer existiu.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Vendo Caê e Gil




O grande sem palavras que o determinem grandes, que se dito grandes, menores o fariam. Se exagero, releve, os poetas e loucos sempre o fazem. Sou os dois, sou ainda profeta e não me tenho em baixa conta. Agora ainda mais, porque agora é mais difícil. O parkinson, debutante, não me tirou ainda (nem o fará breve) a mania de admirar. Me limita no que pode, nos movimentos, não o querer fazê-los. Me limita... Basta! Não existe doença, não como ser. Não existe quem me detenha mais sobre a vida que a própria vida. O contrario não existe. A morte não me aguça sobre ela, não me faz despertar para ela. Ao contrário. A morte me causa pena o fim da vida, o ausente do belo não o feio que se inicia. Morte não é nada, como doença, como não-poesia. O mundo dos sentires -que é o mundo real- se compõe de poesia, e o que não é isso não existe, simples assim. Não existe o erro, o mal-mau, o medo, o frio nem escuro, nada disso. Nem a essas inexistências deve-se dar trela. O que existe é falta desses opostos. Prestar-se-a culto ao acerto, ao bem-bom, à coragem, ao calor e ao claro. Saberá que o que existe é afirmativo e gera vida e poesia e se não gera não é e; se não sendo não está. Como nunca haverá alternativa ao Cristo nem o que lhe seja contrário. 

Para não dizer tudo, digo o que me basta. Não sei de tudo mas sei o que importa. Sei que errando haverá perdão, mas não premeditar a porta, porque o erro sem perdão é o que foi calculado. Em tudo tem de haver perdão e compaixão e perdão, menos no que foi provocado. Um dano que se sabia o grave e sobretudo o mal causado.

Devo dizer que chorei de madrugada?
Devo dizer que sempre é assim?
Precisa dizer que gosto disso?

A quem ver isto, feliz natal e um bom ano novo!

Beijos e abraços aos que o aceitarem.

Em especial para meu pai, Marcelo Novaes (o poeta), Marcelo (o cagão, meu sobrinho-neto), Cleide, Marta, Caetano, Luluzinha e suas crias, minhas irmãs, minha mãe, Claunice, e, como dito acima, a quem aceite.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Minha tristeza






Tem coisas que se começam e outras natimortas; coisas feita de coisa que a palavra não alcança. A palavra não alcança a essência, o que temos de bom ou de ruim. Eu não explico porque também não sei e creio que poucos sabem. Eu não sei da razão das dores, dos ruídos medonhos, das crianças com fome e frio e o que pensam. Eu não sei de seus pais, como sentem a pele e o coração bater, se se sentem homens não parte da coisa que não sei o nome. Eu me sinto mudo para as fortes visões de paraíso, da espera de encontrar lugar melhor e se isso não é um consolo bobo. Toda noite eu durmo e tenho paz e nem penso em morte, mas ela vem tão devagar e discreta... Dir-se-ia que nem tem pressa. 

A dor que dói mais não é a minha nem a sua, é a dos meninos dos sinais, das garotas de programa, dos travestis, dos drogados. Porque sabem das mesquinharias dos outros e não encontram ombro e só encontram zombaria. A zombaria é feia, o escárnio é feio. Certa vez saí da casa de meu cunhado (era ainda casado) e passei por um grupo de adolescentes que começaram a rir de mim, do modo como como eu andava e de minha rigidez muscular causado pelo parkinson. E riam alto e diziam coisas como: anda direito, robocop, anda direito. Cheguei em casa, contei a minha então mulher e ela chorou e me perguntou como me senti na hora. Não senti nada. Nem raiva ou qualquer coisa parecida com isso. Eu tenho desprezo por quem se despreza. Eu tenho asco de quem de si se apieda. Minha tristeza está nas coisas dos meninos nos sinais. Minha tristeza está quando batem em uma prostituta. Quando xingam um travesti, quando um pai nega o filho. Minha tristeza está nas coisas que realmente doem, e olha, conheço hospitais, sei o que é estar com medo e só. Minha tristeza eu guardo para o dia em que eu beijar meu filho pela última vez. Mas ainda assim não será tristeza. Minha tristeza eu guardo para as coisas que são tristes. Choro tanto e por tudo que não resta lágrima pra mim. Só sei ser alegre, não sei ser triste, ontem, hoje, até meu fim.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MAR IMENSO SEM CAIS

Quem é ela? a que fala lindo, a que cozinha comidas quase prontas, a que desfila em minhas ideias mais danadas, a que sem a qual me sinto nada.
A que nunca é esquecida, a que briga sem razão, a que perturba a minha paz dando-me uma outra que é mais quente, uma paz de amor, um paz de fogo, uma paz de gente.
Quem é ela? A que baila nas canções dos velhos poetas das músicas que sempre amei, a que me é contrária, refratária, inverso, contra-cara, contra-senso, e nisso me perco.
Quem é ela? A que tem no nome o mar, a que tem no corpo um bicho, a que tem um  cheiro bom, a que sabe me domesticar, a que gosto sem querer, a que amo e não me custa nada amar.
A que o corpo e o cheiro não saem de minhas mãos e nariz, a que olho com febre, a que sonho com fogo, a que sempre que me diz estar com saudade, a que nunca quer me ouvir cantar, a que sempre se faz escutar mesmo calada. A que o silêncio me causa angústia que só sua voz debela. A febre causada por ela só quem cura é ela. A dor por causa dela só ela anestesia. O buraco que ela deixa só ela preenche. A letra dela é a que falta para a palavra fazer sentido. O sentido dela é ligar os pólos, unir os credos, instigar o que parecia inerme, fazer zunir o que parecia silêncio, fazer o choro onde havia o seco, secar a lágrima quando for tristeza,fazer o riso lacrimoso de ser tanto, fazer o medo menor, a força nunca secar, o dia mais branco e a noite também.
Qual o gosto dela? O gosto das coisas saborosas mas sem excessos de doce ou sal.
Nada nela é menos, nada nela é nada, tudo faz sentido e diz alguma coisa.
Ela não tem o poeta que merece mas não me deixa triste isso porque quase nada lhe é igual. As coisas que amo nela são da ordem das coisas que apaixonam, que prendem, emocionam, embriagam, enlouquecem, fazem falar muito o poetaou simplesmente o emudecem.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

TEM DE ODIAR O FEIO SE AMA O BONITO




O cara perdeu a mulher da vida dele pela razão -ou falta dela-,de alguns doentes mentais quererem impor sua fé com metralhadoras. É um jornalista francês que não sei o nome e sequer vi o rosto pela tv, mas ele me representa. Gente desse tipo me representa. Ele escreveu um texto que se eu disser lindo direi pouco. Diz que os terroristas que tiraram a vida do amor dele (deixando o filhinho dele sem a mãe) não terão seu ódio. Nossa Senhora, tem como não se arrepiar? No fim do texto ele diz mais ou menos isso: todos os exércitos do mundo não tem a força minha e dele (seu filhinho). Tem como não chorar?

Ele é incapaz do ódio. Em princípio eu diria: isso é coisa de imbecil! Mas (e é bom que eu rediga) perdeu o amor de sua vida e se vê pai de um filho que não terá mais sua mãe. Ele escreve uma carta ferida que contém sangue, mas o sangue de o poeta. 

O perdão deve ser dado mas nunca a terroristas. Isso é minha opinião. A partir de agora começo a tomar enfado por esse cara. Deixou de ser um gigante para ser nada. Olhando de perto e com mais critério, vejo-o falar para plateias, não como que sente. Se sente mesmo é um idiota, e desses eu corro.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Quem é Emerson Sheik?





Emerson Sheik, esse é o cara. Disse ele (e não mentiu) que tem mais títulos brasileiros que o Vasco da Gama. Como jogador de futebol é um jogador mediano, como pensador é um jogador de futebol. As coisas não se medem assim, idiota. Sheik tem mais títulos que Romário, Roberto Dinamite, Ademir da Guia,Edmundo, Juninho, qual desses ela lambe os pés?
Disse que seria legal se o Vasco caísse. Que dizer? Há os que amam e os que odeiam, eu amo o Vasco, não odeio o flamengo.Se o Vasco cair, se der tudo errado, será o Vasco e nunca será passado. Sabe porque o Vasco é maior que o Sheik?
Porque é uma instituição, nunca passará. Sheik pensa como um jogador de futebol, Sheik é mediano jogando. O Vasco é seguido e adorado por milhões. Tivesse o Vasco nenhum título e Sheik 8000, seria só Sheik, mediano e sem sal, nunca o melhor em nada. Tivesse o Vasco não ganho um único título sequer, seria ainda o gigante da colina. Sheik faz propaganda de si mesmo, não representa nada, não é nada. O Vasco tem milhões que o amam, e quando cai eles choram mas esperam levantar. O Vasco é um religião e como tal se deve respeitar ainda que se não professe. O Vasco, ainda que mais não seja,e nem queira que isto ser, é o Vasco. Ponto final. Se compara Sheik com jogadores medianos, não com o time que fez Romário aparecer. O baixinho, sendo menor que o Vasco, é infinitivamente melhor que você. Quem é Emerson Sheik? Deixa que eu apresento: É um Romário ou Cristiano Ronaldo sem o talento do baixinho ou do português. Que só tem dos dois a arrogância (que nos dois o talento atenua) É um fanfarrão que não sabe medir as coisas ou as mede com metro errado. É um Romário sem futebol que justificasse o tanto falado. Um Romário falso portanto nunca o Romário. Um palhaço que se pretende sério e que deixou de ser palhaço (papel que lhe cabia) para querer ser superior ao que é. Como ninguém é mais nem menos o que é, deixou de ser uma coisa para não ser outra. Quem é Emerson Sheik? Ninguém que mereça menção quando se fala dos melhores. E o Vasco?


É isto.

sábado, 31 de outubro de 2015

O MAR DO MAR





Antes era vento, brisa, quando muito, ventania. Hoje é furacão, que não é o que destrói, é o que propulsiona, fomenta, dá energia, como se usa a palavra na arte, no revigorar-se, que sacode, que enche de energia.

Hoje é que sem medida, hoje é que é sem freio. Não digo que não foi tanto antes porque antes tanto não me caberia.

Ela dança, eu peço a Deus que ela não saia da minha vida.
Ela esbraveja, espreguiça, expande onde parecia ser o limite.
Ela faz um monte de coisas e não faz outro tanto, como todo mundo.
Mas o que faz é tanto, é lindo, é arrasador.
A voz dela é como se você colocasse a ternura como coisa concreta, como uma coisa que se tocasse, que se visse, e dentro de algo que contivesse.

Ela só caberia com precisão em um coisa imensurável, porque a medida dela é essa: IMENSA.

Quase não ri, nunca grita, nunca perde o sereno jeito.
Mas nela nada é "quase" tudo é dela e tão dela, como o coração que eu tinha como meu, como minha vida.

Se poetas são seres imbecis (e de fato o são) e o  amor torna o homem imbecil, sou imbecil ao quadrado.

Ela disse preferir meus "versos" aos que tentei mostrar-lhe de Cabral. Não a contesto. Versos de amor (embora toscos como os de agora) sempre justificarão os fracos poetas. Teu nome contém um mar, o mar não te abarca inteira. A quem diz "exagero"! dirá por ignorância ou inveja. Quem nunca a teve não sabe que o mar do mar é ela.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

14 ANOS






O tempo passa... frases idiotas como essa sobrevivem ao tempo. A razão é simples: Sempre haverá idiotas, sempre eles sentirão as coisas como idiotas e assim as dirão.
Meu filhote faz 14 anos! A exclamação é própria do idiota. Eu sou idiota e pai. A paternidade me fez mais idiota. Não há meio de se amar alguém que não seja idiota. Amores com frases soberbas ficaram para as musas de Shakespeare, Baudelaire, e afins; Meu filho faz 14 anos e tudo que tenho a dizer é: EU O AMO!  Sei bem das idiotices do mundo, sou um profundo conhecedor delas. Meu filho! assim o posso chamar porque é a única coisa que tenho de minha e de fato. Será meu filho mesmo eu não mais sendo. Nunca entendi a frase "meu(s) filho(s) são tudo o que tenho". Precisa mais? Sendo o que for é meu filho. Se chefe de governo, se rico pobre, preto, azul é meu filho. Veio por minha causa, existe porque eu existo. Eu fiz algo que não existia vir a existir. Claro que a graça deve ser dada a Deus, que me fez existir através dos séculos dos que me formaram... Este é um texto francamente imbecil, tenho consciência e vou terminá-lo logo.
Parabéns a Luiz Xavier (ele não gostaria de ser apelidado e não darei azo a quem queira o zoar) PARABÉNS, FILHO. Não tenho muito mais a dizer que não seja: TE AMO! sempre será assim, longe, perto, hoje e até meu fim.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Quem



Não te liguei, e me custou não fazê-lo. Tanto quanto não devo dizer. Te tive na cama, sequer te vi o ombro. Te tive de perto demais para o não tocar. Mas toquei teu rosto, linda, e você me lembrou disso com aquela voz que faz difícil agora eu não te ligar. Descanse, durma, amanhã hei de acordar. Se não... tudo bem, morrerei amando, ao som de um pagode e de uma música sertaneja, sim, Nando Reis e Ana Carolina. Quem inventou o amor foi um grande professor debochado. Quem inventou o desejo o fez em ferro fundido não em forjado.