domingo, 18 de maio de 2014

CONFIA EM MIM

Toda vez que vejo uma pessoa reclamando de coisas fúteis, que poderiam ser mudadas por elas mesma se tivessem menos disposição para o reclamar que para o fazer. Eu olho bobo para essas pessoas todas que não tem mal de parkinson e reclamam da vida. Mas olho ainda mais bobo, para os que tem mal de parkinson e reclamam da vida. Escrevi isso pensando no padre Arlindo, em Jesus, em mim. Dias atrás houve um festa dessas que por aqui há, que me trazem de longe, que me fazem chorar. Ao fim dessa festa haveria sete voltas dentro da igreja. Eu achei lindo e quis dar as sete voltas. Pois bem, chegada a hora eu não pude dar as voltas. O parkinson tinha me travado legal. Subi, encostei no carro e fiquei triste(consolar-se é estar-se triste) pensei: poxa, não pedi cura, pedi a Cristo que apenas me ajudasse para as sete voltas. Não fui atendido. Imediatamente pensei: Cristo acaso é meu empregado? tem de fazer o quero e na hora que eu queira? Passaram-se algumas semanas eu volto ao mesmo local. E se diz ali que vai ser dada uma volta DENTRO DA IGREJA, coisa que nunca havia sido feita ( se me lembro direito ouvi isso) Ao olhar para Cristo, me deparo com estás palavras que eu não tinha visto porque sou cegueta e estava longe: JESUS, EU CONFIO EM VÓS! pensei que aquilo não era acaso, e não era mesmo. Não dei as 7 voltas de Jericó, não pude. Dei a volta uma vez com o coração em brasa e feliz (feliz chorando, claro) cada vez que eu olhava para Jesus ele me dizia: confia em mim. Um dia haverá em que minha vida se acabará, mas enquanto eu tiver memória, enquanto as coisas fizerem sentido para mim, ficará a frase mais bela que eu já vi. Ficará a palavra dele, do Nazareno amado: confia em mim.

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